Por Fernando Vives
Orlando Silva foi nesta terça-feira à Câmara dos Deputados contestar as acusações a que foi submetido por duas fontes em matéria da revista Veja do último fim de semana. Foi blindado por seus companheiros de situação e, o que surpreende, da oposição. Segue a frase do deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) durante a comissão em que Silva esteve presente:
"Estou acostumado a ouvir bandido, não vi traço de alguém que recebeu pacote de dinheiro", disse, após declarar que não vê culpa nos olhos do ministro.
Em primeiro lugar, é bom que se diga: não há (ao menos ainda) nenhuma prova contra o Ministro dos Esportes. A principal fonte acusatória da revista, o ex-policial João Dias Ferreira, diz ter como provar o que diz. O Ministério Público já declarou que vai investigar. Então agora é uma questão de tempo em saber quem é o fanfarrão nessa história.
Sem prova oficial e apenas com a palavra de uma pessoa, seria constrangedor afastar um ministro de Estado. No entanto, fazer política em qualquer lugar do mundo remete a um certo grau de parasitismo: quando um sangra, outros tantos tentam crescer sobre o espaço que aquele ocupa. Mesmo sem provas, se Orlando Silva tiver pouco apoio para continuar no cargo, cai. Os jornais já pipocam novas acusações contra o ministro e setores da base aliada do governo já estão de olho no Ministério dos Esportes, menina dos olhos do governo até 2016.
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