Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O cônsul-geral da Líbia no Brasil, Mohammed Ninfat, disse hoje (20) à Agência Brasil que obteve informações confirmando a morte do presidente líbio, Muammar Khadafi. Mas ele disse que está com dificuldades de falar com integrantes do Conselho Nacional de Transição (CNT). Ninfat é o chefe da Embaixada da Líbia em Brasília, pois a representação está sem embaixador. O clima na representação diplomática é de comemoração e festa. A bandeira da oposição a Khadafi está hasteada no local.
Fotografias de Khadafi foram queimadas e rasgadas ao som de música árabe e fogos de artifício. O cônsul disse que hoje o dia será de muita alegria e felicidade não só na Líbia como também em todos os locais onde há comunidades de líbios. Na embaixada em Brasília, crianças, filhas dos funcionários e diplomatas, dançavam e brincavam em clima de euforia.
“Estamos todos muito felizes e em clima de festa. O momento é de celebração. Mas precisaremos da ajuda da comunidade internacional. O Brasil, por exemplo, pode nos ajudar para a retirada de minas terrestres, colocadas por ordem de Khadafi em vários locais da Líbia”, disse o cônsul, lembrando que as cidades que mais sofrem por causa das minas são Brega e Zliten.
A representação diplomática da Líbia no Brasil está sem embaixador há pouco mais de um mês. O cônsul disse que o embaixador Salem Omar Al Ezubide deixou Brasília desde que se confirmou que o Conselho Nacional de Transição (CNT) havia dominado Trípoli e as principais cidades líbias. Segundo o cônsul, todos que estão hoje na embaixada apoiam as mudanças em curso na Líbia.
Em agosto, um grupo de líbios contrários a Khadafi ocupou a embaixada em Brasília e permanece no prédio. A bandeira do Conselho Nacional de Transição está hasteada na embaixada. Houve confrontos entre simpatizantes e contrários ao regime de Khadafi. A Polícia Militar teve que intervir.
*Colaborou Yara Aquino
Edição: Talita Cavalcante
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