terça-feira, 29 de outubro de 2013

Coluna A Tarde: PT baiano procura saídas


O PT baiano, a exemplo do cão, passou a corre atrás do próprio rabo, de sorte a encontrar uma forma de pegá-lo. Dessa maneira, vai ser difícil decidir sobre o enigma que lhe está posto para decifrar a sucessão do governador Jaques Wagner, e encontrar uma saída de sorte a escolher, dentre quatro candidatos, aquele que será, presumivelmente, o preferido do partido à sucessão do próximo ano. O partido começou errado, no início do ano, ao lançar quatro pré-candidatos, o que jamais deveria ter acontecido. Um candidato ao governo emerge naturalmente, a não ser que seja imposto, com costuma acontecer quando há um líder que fica muito acima dos integrantes da legenda. Foi o caso de Lula, que escolheu sozinho Dilma Rousseff, retirando-a da cartola sem que ninguém desse um pio, sequer. É a tese da escolha de um poste, como muitas vezes aconteceu na Bahia carlista.
   
Quando a direção partidária estabeleceu que seriam quatro os pré-candidatos não atentou que estava procurando sarna para se coçar. O resultado está aí, visível, com o pré-lançamento de José Sérgio Gabrielli, que ganhou impulso a partir do encontro organizado por petistas que acabaram por decidir favoravelmente ao seu nome. Agora, o PT começou a empurrar a decisão com a barriga, marcando prazos e os desmarcando, justamente por não saber o que fazer. Primeiro, seria no final deste outubro, depois até o dia dez de novembro, mudou para o dia 15 e agora se fala no fim do mês que se aproxima.
     
Há um velho ditado popular, e eu gosto de ditado, que diz que “quem não sabe rezar fala mal de Deus”. É justamente o que ocorre. O PT mergulhou numa difícil situação da qual provavelmente não sairá em harmonia. Pelo contrário. A mexida será de tal ordem que as suas tendências, que normalmente brigam internamente, deverão deixar o casulo para brigar abertamente, o que, de certo modo, já acontece na escolha do futuro presidente do Diretório Regional do partido. A campanha para reunir eleitores dentro da agremiação fervilha, num vale-tudo que não tem fim. Dos quatro pré-candidatos, um já está na dianteira, José Sérgio Gabrielli; outro praticamente fora, Luiz Caetano, e dois praticamente em guerra: Rui Costa, nome de preferência de Jaques Wagner, com quem trabalhou quando o atual governador presidia a Petroquímica, e Walter Pinheiro que, no Senado transformou-se numa formiguinha, trazendo o que está ao seu alcance, em ter mos de verbas, para a Bahia. Dentro do PT, afirma-se que Walter Pinheiro não aceitará a escolha de Rui como carta marcada, nem Rui, a  ele, a não ser que Wagner os pacifiquem. É mesmo uma espécie de “samba do crioulo doido”  que projeta luzes fortes sobre o PT neste mês de novembro.
     
Tudo isso em razão da precipitação de pré-candidaturas, que, aliás, começou com Dilma Rousseff, lançada por Lula. Nos demais estados deu-se o fenômeno da gravidade. Cada qual começou a se arrumar para concorrer aos governos, prejudicando a gestão, como acontece com a presidente que passou a viajar, antecipando sua campanha, e se descuidando da gestão do País, que levou o Brasil a uma situação de dificuldade. Pelo menos na área financeira, que é a mais sensível. O Brasil já não é o emergente que se imaginava. Começa a sofrer sérios problemas que, aliás, estão expostos. Por saber fazer a hora e não esperar por movimentações internas na legenda, Gabrielli ganhou visibilidade extra. Já a administração do estado enfrenta problemas com a economia, que não vai bem. Enquanto isso, Walter Pinheiro ocupou o seu espaço. Ele sempre soube que não é o candidato preferencial do governo, mas tem mantido a sua postura. Assim, o PT vai rodopiar para encontrar o nome para ser candidato à sucessão, deixando um rastro de inconformismo em diversos segmentos e nas tendências internas do próprio partido.


*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde desta terça-feira (29)

Renan quer votar passe livre para estudantes no Senado ainda este ano

Renan quer votar passe livre para estudantes no Senado ainda este ano
Foto: Reprodução/ Facebook
A aprovação da proposta que cria o passe livre para estudantes foi defendida nesta terça-feira (29) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pretende votar a matéria na Casa até o fim do ano. Em quase todo o país, os estudantes ainda pagam meia passagem nos transportes coletivos. “É um assunto inevitável. Não tem sentido que quem estuda pague [pelo transporte]. Todo país que está à frente do Brasil já resolveu o problema. Em janeiro haverá aumento das tarifas e o assunto vai engrossar as ruas novamente. O poder público tem que ter responsabilidade de resolver a questão”, avaliou Renan. De acordo com o presidente do Senado, o benefício tem custo estimado de R$ 7 bilhões. Questionado sobre como essa isenção seria financiada, Renan foi direto: “Esse dinheiro terá que vir do Orçamento”. Segundo a Agência Brasil, o projeto que cria o passe livre para estudantes (PLS 248/13), de autoria do próprio Calheiros com outros senadores, está parado desde agosto na Comissão de Constituição e Justiça. Depois de aprovado no Senado, ainda precisará ser apreciado pela Câmara dos Deputados.

Com informações do Bahianoticias

Henrique Alves cede a pressão de empresas e adia votação do Marco Civil da Internet

por Redação RBA publicado 29/10/2013 12:06, última modificação 29/10/2013 12:46
São Paulo – Sob pressão de empresas de telefonia e provedoras de acesso, o presidente da Câmara dos deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) informou que não vai colocar em votação o projeto de Marco Civil da Internet na sessão de hoje (29), conforme inicialmente previsto.
Ao chegar à Casa, Alves disse que vai se reunir com o relator da proposta, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), para discutir o assunto. 
A pedido da presidenta Dilma Rousseff, feito depois das denúncias de espionagem contra o governo brasileiro, oprojeto tramita em regime de urgência constitucional e tranca a pauta do plenário, o que, na prática impede a votação de vários tipos de propostas.

O texto chegou a ser discutido em novembro do ano passado, mas não houve consenso para a votação.
A inclusão do conceito de "neutralidade de rede" no projeto, considerado fundamental para garantia da liberdade dos usuários, é o maior ponto de discordância das empresas, que alegam possível redução nos lucros com a medida.
Com Agência Câmara.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Reúne Ilhéus celebrou 100 dias de ocupação


Mesmo com a desocupação imposta pelo prefeito Jabes Ribeiro na última segunda-feira (21) quando faltavam poucos dias para o acampamento do Reúne Ilhéus completar 100 dias, ontem (23) por volta das 18hs integrantes do Reúne e apoiadores do movimento celebraram os 100 dias com protesto, bolo e refrigerantes doados pela comunidade. Quem pensava que os guerreiros do Reúne iam recuar com a ofensiva do prefeito estão enganados, o movimento continua firme e forte e com novas estratégias.





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Reúne Ilhéus presta queixa contra a prefeitura

Integrantes do movimento Reúne Ilhéus registraram queixa logo após a ação da prefeitura na última segunda-feira (21).  

"Reúne Ilhéus nesse momento, na 7a Coorpin, abrindo um boletim de ocorrência contra o município de Ilhéus, que na madrugada de hoje, prepostos do município agiram na surdina e de forma truculenta, retiraram as barracas e levaram todos os pertences dos jovens. No momento da ação, que teve o aval do prefeito de Ilhéus Jabes Ribeiro, muitos integrantes ainda se encontravam dormindo, sendo obrigados a deixarem o local sob forte ameaças dos homens envolvidos na operação. O advogado criminalista e amigo do Reúne Ilhéus, O Defensor Cosme Araujo, está acompanhando o caso e na oportunidade colocou o seu escritório a disposição do movimento para qualquer eventualidade que preciso for".

Informações do Facebook/Reúne Ilhéus 



Morte de sindicalista começa a ser investigada

Presidente da CTB é a primeira testemunha a depor sobre a morte de Paulo Colombiano

por Niassa Jamena/Cláudia Cardozo
Presidente da CTB é a primeira testemunha a depor sobre a morte de Paulo Colombiano
Adilson Araújo presta depoimento | Foto: Niassa Jamena/ BN
A primeira audiência de instrução do processo que julga a morte dos dirigentes sindicais Paulo Colombiano e Catarina Galindo começou na manhã desta quarta-feira (23). A primeira testemunha de acusação a depor sobre o caso foi o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Adilson Araújo. O presidente da central sindical afirmou que no sábado anterior ao crime, esteve com Colombiano, e que este havia lhe falado sobre o superfaturamento do contrato do plano de saúde da Mastermed, e que estava saindo altas somas de dinheiro. “Ele dizia que a situação era grave, e que não tinha mais como esconder”, depôs Araújo, ao responder os questionamentos da promotora de Justiça Armênia Cristina Santos, primeira pessoa a interrogá-lo. A promotora perguntou se os desvios de dinheiro se referiam ao plano de saúde ou se era para outra coisa, com destino incerto. Adilson Araújo disse que não sabia responder a pergunta, mas que as planilhas das contas do Sindicato dos Rodoviários da Bahia apontavam que saia entre R$ 200 mil a R$ 800 mil do sindicato para o plano de saúde, e que seria pago entre 30 a 40% a mais de comissão do que normalmente é pago no mercado. Adilson ainda relatou que Colombiano havia falado com ele que já tinha comunicado ao Claudomiro Ferreira Santana e Cássio Ferreira Santana, donos da Mastermed, que queria fazer uma correção do contrato do plano de saúde. De acordo com Adilson, Colombiano teria ameaçado quebrar o contrato com a Mastermed, caso o problema não fosse resolvido. Colombiano ainda teria relatado ao presidente da CTB ter sido coagido por Claudomiro, que em reuniões, chegava a colocar uma arma em cima da mesa. Adilson disse ainda que conhecia Paulo Colombiano há mais de 20 anos, e que dos réus, só conheceu Edilson Duarte de Araújo, após a morte do dirigente sindical, em uma festa. Edilson era músico da banda Legião do Samba. Adilson ainda relatou que Colombiano havia denunciado o superfaturamento para Geraldo Galindo, irmão de Catarina Galindo, sua esposa, que também foi assassinada. A denúncia foi feita durante uma assembleia do sindicato e em alguns documentos.
O advogado Gamil Föppel, que defende Claudomiro, questionou a Adilson se ele tinha conhecimento de algum ato de violência física contra Colombiano. Adilson relatou que nunca soube de nenhuma agressão. Föppel afirmou que o relatório de inteligência financeira da policia civil, durante a gestão de Colombiano, aponta que o Sindicato dos Rodoviários devia empréstimo aos próprios diretores do sindicato, de mais de R$1 milhão.  Além disso, de janeiro a junho de 2010, a despesa do sindicato era de mais de R$ 2 milhões de reais.  Segundo o advogado, Colombiano diminuiu todas essas despesas. Gamil Föppel ainda disse que não era o sindicato que pagava o plano de saúde. E que as verbas eram maiores que a arrecadação do total do sindicato com contribuições. Adilson Araújo afirmou que as empresas de transporte é que emitiam os cheques, que eram repassados para o sindicato para endossamento, e que depois eram repassados para a Mastermed. Föppel ainda questionou a Adilson se Colombiano sempre participara da chapa de Jota Carlos e Manoel Machado nas disputas sindicais. Adilson respondeu que a maior parte do tempo, Colombiano sempre foi de oposição, e que não sabia explicar como ele foi parar na chapa da situação. O advogado ainda relatou que uma testemunha teria dito a ele que Colombiano teria ameaçado Jorge Cleber, da empresa Expresso Candeias. “Paulo colombiano teria dito a Jorge Cleber: você está roubando o trabalhador. Ou você acaba com a gente, ou a gente acaba com você”, relatou Gamil. Na audiência realizada nesta quarta, compareceram os cinco réus indiciados pelo Ministério Público. Edilson Duarte Araújo e Wagner Luis Lopes de Souza já estão dentro da sala de audiência. Adailton Araujo de Jesus, Claudomiro Ferreira Santana e Cássio Ferreira Santana não quiseram permanecer no local, mas estão no fórum.

De acordo com o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Paulo Sérgio, foram convocadas oito testemunhas para prestar depoimento nesta primeira audiência. Cada réu arrolou oito testemunhas. Ainda estão previstas a realização de mais três ou quatro audiências de instrução, e que ainda não há previsão de data para a realização do Tribunal do Júri. De acordo com o magistrado, os réus respondem ao processo em liberdade porque não representam ameaça às testemunhas, não fizeram nada de errado neste período, e tem residência fixa. Logo no início da manhã, foi realizado um protesto na frente do Fórum Criminal de Sussuarana e o auditório estava repleto de sindicalistas com camisas escritas “Queremos Justiça”. O sindicalista Geraldo Galindo, irmão de Catarina Galindo, ao Bahia Notícias, afirmou que não cria expectativas nesta fase do processo.“Nós não temos a ilusão de que a partir da primeira audiência as coisas serão resolvidas, que serão resolvidas a curto prazo. Existem brechas legais que os advogados utilizam para procrastinar o processo. Mas vejo como positivo a realização desta primeira audiência, na medida que se  tenha desdobramentos que levem condenação dos mandantes dos executores do crime”. Geraldo Galindo ainda diz que não tem “nenhuma dúvida de que o motivo do crime foi o fato de Paulo colombiano ter sugerido a revisão do contrato com a Mastermed. Três dias antes de ser executado, ele me disse que, por conta disso, ele teria recebido ameaças”.


Na TV, Marina cumpre roteiro e repete a política que diz condenar

por Helena Sthephanowitz publicado 23/10/2013 13:41

marinarodaviva.jpg
Mais ou menos dentro do esperado, a ex-senadora Marina Silva não falou na segunda-feira (21), durante a entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, sobre propostas de programa de um eventual governo seu. Muito menos apresentou soluções aos problemas brasileiros que ela aponta. Aliás, só que se viu foi uma Marina rancorosa, destilando veneno e atacando o  governo Dilma.
Tudo dentro do script combinado com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos  (PSB). Entre as estratégias traçadas pela dupla Campos/Marina para enfrentar Dilma nas eleições do ano que vem, ficou definido que a ex-senadora continuará na linha de frente, batendo na presidenta e, se possível, levando-a responder os ataques.
Numa reunião na semana passada, com Marina no diretório nacional do PSB, chegou-se à conclusão de que Dilma "não tem estômago de avestruz" e que não aceitará calada as críticas,. A tática de Marina visa a ganhar espaço na imprensa e, claro, alguns votos de eleitores descuidados.
Durante a entrevista na TV estatal tucana, Marina falou também em “superar a velha política”. Mas, enquanto ela fala em velha política, – depois de um dia ter declarado que não via diferenças entre Campos, Dilma e Aécio – o PSB negocia apoio com o governador Geraldo Alckmin.
Dono de uma coligação de 14 partidos, Campos aloja em sua administração os aliados que o ajudaram na eleição de 2006 e na reeleição em 2010. Governa ao lado de "velhos nomes" como o deputado federal Inocêncio Oliveira (ex-PL e atual PR), que está  no seu décimo mandato de deputado federal (e foi condenado em 2006 pelo Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão por manter trabalhadores em condição à de escravidão em sua fazenda).
É aliado também do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, que  em 2005 cobrou propina para deixar o empresário Sebastião Buani instalar seus restaurantes na Câmara dos Deputados. Quando o  escândalo veio à tona, o deputado renunciou para não ser cassado.
O jornal O Estado de São Paulo publicou uma reportagem último dia 13 sobre a chegada de Eduardo Campos ao poder em Pernambuco. Segundo a reportagem, para derrotar Mendonça Filho, à época no PFL, na disputa pelo governo do estado em 2006, o então candidato Campos aceitou dar a Inocêncio Oliveira duas secretarias de governo negadas pelo adversário, à época vice-governador de Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Como prêmio por ajudar a tirar Campos do isolamento no início da campanha, Inocêncio pôde nomear um aliado na Agricultura e o primo Sebastião Oliveira, então deputado estadual, para a pasta de Transportes. No atual governo de Campos, o PR de Inocêncio Oliveira controla a Secretaria de Turismo, com o deputado estadual licenciado Alberto Feitosa. No segundo escalão, o PR administra o porto do Recife, com Rogério Leão.
O PSD de Gilberto Kassab assumiu o Instituto de Recursos Humanos. O partido foi criado com a ajuda de Campos. O PP de Severino Cavalcanti comanda a Secretaria de Esportes, com a indicação da filha Ana Cavalcanti.
Já o PTB, de Roberto Jefferson, comandado em Pernambuco pelo senador Armando Monteiro, controlava até sexta-feira (18), quando devolveu os cargos, a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo e o Detran local. O leque de alianças garante controle absoluto da Assembleia.
Sem esquecer que o novo partido da Marina, o PSB abrigou o ex-senador piauiense Heráclito Fortes (ex-DEM e ex-PFL) e o ex-deputado federal Paulo Bornhausen (ex-DEM e ex-PFL), filho do catarinense Jorge Bornhausen, .
Eduardo Campos, inevitavelmente, vai ter um conflito com o que prega Marina e o que ele faz. Ele condena a entrega de fatias de governo no plano federal, mas faz o mesmo em Pernambuco, entregando poderes para as forças mais conservadoras.
Como se vê, não há inocentes no caso Marina Silva e seu PSB. Só o que muda é a conveniência política. Coisas da "velha política", a que a ex-senadora não dá sinais claros de disposição de enfrentar, ficando apenas (até quando?) na retórica.
Fonte: Rede Brasil Atual

Petrobras eleva proposta de reajuste para 8,56%, e petroleiros podem encerrar greve



por Redação RBA publicado 23/10/2013 12:21, última modificação 23/10/2013 13:04
Empresa aceita criar fundo garantidor aos terceirizados, reivindicação dos sindicalistas. Primeiras assembleias já aprovaram acordo

Petrobras apresenta nova proposta aos trabalhadores
A FUP indica a aprovação da proposta. Reajuste representa aumento real entre 1,82% e 2,33%
São Paulo – Nova proposta da Petrobras, apresentada ontem (22), pode encerrar a greve nacional dos petroleiros, que hoje completa sete dias. A empresa elevou de 8% para 8,56% o índice de reajuste na remuneração mínima por nível e regime (RMNR), o que de acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) representa aumento real (acima da inflação) entre 1,82% e 2,33%. O mesmo índice será aplicado aos benefícios educacionais e Programa Jovem Universitário. O Conselho Deliberativo da FUP, formado por dirigentes da entidade e de sindicatos filiados, indica a aprovação.
Pela proposta, os trabalhadores receberão abono de um salário, com pagamento mínimo de R$ 7.200, benefício-farmácia com desconto fixo mensal de R$ 2,36 a R$ 14,17, de acordo com a faixa de renda, estendido também aos trabalhadores da Transpetro e Biocombustível (incluindo aposentados e pensionistas). O auxílio-alimentação será reajustado em 10,24% e os trabalhadores terão licença-paternidade de dez dias, entre outras reivindicações.
O coordenador-geral da FUP João Antonio de Moraes destaca, em entrevista à Rádio Brasil Atualque um dos maiores avanços, após seis dias de paralisação, está na implantação do fundo garantidor para os terceirizados. A Petrobras compromete-se a exigir das empresas prestadoras de serviço a garantia ou depósito bancário de 1% a 5% do valor do contrato, que garantirá o pagamento de direitos trabalhistas aos terceirizados.
“Ao terminarem as obras e contratos, muitas empresas saem sem pagar direitos básicos dos trabalhadores, como FGTS e férias. Com a criação do fundo, esses pagamentos estarão garantidos, independente das condições da empresa”, afirma Moraes.
Segundo a FUP, a Petrobras e subsidiárias se comprometeram a não punir os grevistas nem descontar os dias de paralisação. O acordo prevê que metade dos dias parados sejam abonados e os demais compensados.
“A proposta é positiva porque traz diversos avanços nas cláusulas sociais, de saúde e segurança, além do fundo para os terceirizados. Isso é importantes para nós, mas a decisão sobre a aceitação e suspensão da greve cabe aos trabalhadores”, disse Moraes.
Nas primeiras assembleias, a proposta foi aprovada nos sindicatos de Minas Gerais, Amazonas, Duque de Caxias, Paraná e Santa Catarina.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ida de Marina ao PSB enfraquece Campos, Aécio... e Marina


MINHAMARINA.ORG/REPRODUÇÃO
Marina.jpg
Marina Silva, em vídeo na internet, tenta explicar as razões para filiar-se ao PSB e frustrar milhões de eleitores
O grande derrotado com a filiação de Marina Silva ao PSB foi o pré-candidato tucano Aécio Neves. Por mais que ele negue às câmeras de TV, nos bastidores os tucanos se interessavam em abater a candidatura de Marina. Só não contavam com o apoio dela a Campos. O fato de ela sempre aparecer na frente nas pesquisas, às vezes com o dobro das intenções de votos de Aécio, poderia impor um vexame eleitoral ao tucanato, perdendo a posição de segunda força política e de principal partido de oposição.
Se a candidatura de Marina poderia ajudar a levar a eleição para o segundo turno por um lado, por outro poderia tirar Aécio deste suposto segundo turno. Se é para perder, melhor para o PSDB projetar nacionalmente o nome de Aécio Neves para 2018 como principal nome da oposição.
Outro derrota do tucano é quanto à expectativa de poder. Desde esta fase pré-eleitoral, apoios políticos e mesmo econômicos dos financiadores de campanha, costumam ser como água que corre para os rios mais caudalosos. Quanto mais uma candidatura parece ter chances de vencer a eleição, mais apoios atrai. Com esse novo quadro, cresce a expectativa de poder de Dilma Rousseff e de Eduardo Campos. Por ora, vai minguando a de Aécio Neves.

Do lado de cá

A filiação de Marina Silva ao PSB, se por um lado representou uma saída pragmática para os deputados com mandatos adeptos do partido Rede Sustentabilidade conseguirem uma legenda provisória para concorrer a alguma coisa na eleição em 2014, por outro diminuiu suas expectativas de um dia chegar à Presidência da República. Isso porque ficando fora da disputa de 2014, provavelmente novos nomes se projetarão para 2018, ocupando o lugar que ela teve em 2010.
Campos sai ganhando porque eliminou uma concorrente, não só para 2014, mas também na projeção de nomes para 2018. Em sua prancheta, ele planeja se posicionar como "terceira via" e não como oposição (falta combinar com o eleitorado e com os oponentes, é claro). Esse espaço vinha sendo ocupado por Marina. Com a eliminação dela, Campos ficou com uma avenida aberta neste nicho para crescer. Mas Marina no PSB não transfere os votos que teve em 2010 automaticamente, nem mesmo se for se candidatar a vice.
A imagem política dela tem, ou pelo menos tinha, diferenças significativas da imagem de Campos e não se complementam. Pelo contrário levam a contradições – trocar o "sonhático" pelo "pragmático", o que decepciona grande parte de seu eleitorado.
Marina vinha buscando uma imagem de suposta busca por uma "utopia" na política, por meio de um partido novo, apesar de que, sem reforma política que mude as estruturas de atuação das legendas, essa imagem contem mais marketing do que realidade.
Enquanto isso, Campos vem trilhando o caminho contrário, transformando o PSB em uma frente partidária que abriga qualquer um queira apoiá-lo, mesmo que tenham uma conduta política contrária ao que prega os estatutos originais do partido. Em Santa Catarina, por exemplo, o PSB foi entregue ao grupo de Jorge Bornhausen, ex-Arena, ex-PFL, ex-DEM e ex-PSD e sempre neoliberal. Compreende-se alianças entre dois partidos diferentes dentro de uma conjuntura eleitoral, mas filiação de antagônicos no mesmo partido o descaracteriza e costuma levar ao fisiologismo partidário.
Marina, em 2010, teve muitos votos de quem votaria nulo e de quem rejeitava o sistema político. Em vez de transferir esses votos para Campos, o mais provável é que Marina entre no rol dos políticos rejeitados junto com Campos, e esse nicho do eleitorado vote nulo, o que aumenta as chances de resolver a eleição no primeiro turno.
Outra grande parte do eleitorado de Marina em 2010 tem em Dilma a segunda opção de candidato. Por isso, paradoxalmente, a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição pode ser uma grande beneficiada. Separados, Campos e Marina poderiam somar-se mutuamente. Juntos porém, uma das parcelas fica aniquilada, e o poder de fogo da dupla fica reduzido.
Não significa que Dilma terá vida tranquila na eleição. Com mais candidatos, apesar de aumentar as chances de haver segundo turno, haveria maior dispersão do voto oposicionista, sem uma polarização clara a ponto de ameaçar a líder, ou com a polarização restrita ao PSDB, que tem perdido os embates desde 2002.
Com Campos ficando mais em evidência, sem Marina para ofuscá-lo, ele pode vir a conseguir polarizar com Dilma e tornar a eleição mais complexa. Mas Campos também não terá vida tranquila para executar essa estratégia. Dilma, além de ter seu eleitorado próprio, que a tem colocado como líder nas pesquisas, terá em seu palanque o ex-presidente Lula, um forte cabo eleitoral que deixará Eduardo Campos em uma posição difícil para fazer oposição.
E o afunilamento em três candidaturas obrigaria o futuro candidato tucano – seja ele quem for – a trocar cotoveladas com Campos para ver quem chega ao segundo turno.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cargill e Barry Callebaut serão responsáveis por mais de 50% do mercado de cacau

A Cargill uma das principais comerciantes de cacau do mundo, está finalizando um acordo para comprar os negócios de cacau da Archer Daniels Midland (ADM) , segundo fontes ligadas diretamente as negociações, isso levará a criação de um preço global.

Combinando dois dos principais comerciantes de cacau do mundo a intenção é criar uma empresa grande o suficiente para competir com a Barry Callebaut , a maior fabricante mundial de chocolate industrial.


A Cargill e ADM estão elaborando os detalhes finais do acordo, segundo informaram as fontes, a compra será a segunda maior aquisição deste ano entre as indústrias, passando assim, o mercado a ser dominado por duas empresas.

"Como o mercado de cacau será agora dominada por tanto Barry Callebaut e Cargill, os pequenos jogadores precisam ser competitivos ou serão espremidos para fora do mercado", disse Vanessa Tan, analista de investimentos da Phillip Futures em Cingapura.

Os detalhes financeiros do acordo ainda não estão claros e nem foram divulgados pelas indústrias, embora algumas fontes afirmam que a unidade ADM pode valer até US $ 2 bilhões.

Em julho, a Barry Callebaut selou sua aquisição do cacau ingredientes divisão de Petra Foods por $ 860.000.000. "É muita consolidação. Isso não é bom para o mercado em geral", disse uma fonte ligada diretamente à indústria.

"Quando você tem muita concentração no mercado, é difícil para as 
pequenas empresasfazerem o dinheiro que eles precisam fazer. Por serem menores eles terão que implorar a Barry Callebaut e Cargill para comprarem suas amêndoas.”

ADM começou a procurar potenciais pretendentes para a empresa no ano passado, fontes disseram à Reuters, que a empresa anunciou que estava em discussões sobre uma possível venda em junho.


Um funcionário da ADM se recusou a comentar, bem como a Cargill também não quis se pronunciar, apenas emitiu uma breve declaração onde afirma que a empresa continua avaliando as iniciativas.

“Nós iremos nos comunicar quando houver algo definitivo", disse o porta-voz da Cargill através de e-mail.

"Cargill e Barry Callebaut combinadas serão responsáveis por mais de 50% da capacidade global. No futuro, os pequenos processadores, a exemplo, do Blommer nos EUA e os pequenos processadores da Ásia vão encontrá-lo mais forte e mais difícil de competir com os gigantes”, disse um revendedor de Cingapura, que tem uma unidade de moagem, na Indonésia.

Alguns analistas e banqueiros têm alertado para os problemas que deverão surgir com a fusão, especialmente na Costa do Marfim e Gana, dois principais produtores do mundo, onde ambas as empresas possuem processamento.

Um relatório de 2008 das Nações Unidas sobre a indústria do cacau mundial mostrou que apenas 10 empresas respondem por dois terços das moagens mundiais.

ADM tem instalações de processamento de cacau, nos Estados Unidos, Costa do Marfim, Gana, Singapura e Brasil.

Barry Callebaut compra atualmente cerca de 1 milhão de toneladas de cacau por ano, o que representa 25% da produção mundial de cerca de 4 milhões de toneladas. Alguns dos comerciantes estimam que a Cargill compre cerca de 600.000-800.000toneladas e ADM Cocoa em torno 500,000-600,000 toneladas.


Fonte: Reuters U.S

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Movimento Reúne Ilhéus ocupa Câmara e pede explicações a vereadores

Por volta das 19 horas de hoje (01) vários integrante do Reúne Ilhéus passaram a ocupar o plenário da câmara de vereador de Ilhéus exigindo explicações dos vereadores em relação às denuncias apresentadas pelo movimento, sobre o sistema de transporte coletivo da cidade. Segundo os manifestantes, a ocupação será mantida até que os vereadores prestem esclarecimentos á comunidade.