terça-feira, 3 de maio de 2011
Troquei de automóvel mas não mudei de rumo, diz Ruy sobre troca do PV pelo PRB
Quando trocou o Partido dos Trabalhadores (PT) pelo Partido Verde (PV), o médico Ruy Carvalho, de Ilhéus, autodenominou-se uma "melancia". Deixava a sigla, sentindo-se "vermelho por dentro, mas verde por fora". Neste sábado (30), ao assinar ficha de filiação ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) - sigla ligada à Igreja Universal do Reino de Deus - Ruy voltou a usar de uma outra metáfora para definir os rumos que pretende tomar em 2012. "Estou trocando de automóvel. Mas sigo percorrendo o mesmo caminho", afirmou.
Três vezes candidato derrotado à prefeitura de Ilhéus - ficando na última tentativa muito próximo de chegar à sede da Prefeitura -, Ruy é a mais nova aposta do PRB para conquistar o Palácio Paranaguá, ano que vem. Depois de ter pensado, inclusive, em abandonar a política, o médico fez na solenidade deste final de semana, um desabafo emocionado. "Quero que alguém que esteja aqui me responda por que um homem íntegro não pode administrar esta cidade. Me dói saber que pessoas desqualificadas tiveram esta oportunidade que eu não tive e só fizeram dilapidar Ilhéus", afirmou. "Chega de perder eleição para o dinheiro e para pessoas ineptas. Estou pronto para a luta", concluiu sob o aplauso de dezenas de pessoas que foram à Câmara assistir à sua filiação.
Apresentando um estilo conciliador e mostrando que já está em campanha, Ruy distribuiu elogios. De "Dinho Gás (presidente da Câmara de Ilhéus), um homem humilde e batalhador" a Jailson Nascimento, "que deu orgulho à cidade ao construir uma Câmara mais moderna". Também foi cortejado. Foi chamado de "tio" pelo atual vice-prefeito da cidade, Mário Alexandre, que também está na disputa pela mesmo gabinete sonhado por Ruy.
Para Ruy, este tempo em silêncio profundo, serviu para "recarregar as baterias" e aprender que é preciso não só criticar. "Quero não somente apontar os erros, mas pôr as mãos nos ombros de quem tenha errado", disse para um público formado essencialmente por lideranças comunitárias, evangélicos e representantes de diversos partidos políticos do município. Ruy admitiu que ao pensar em parar, refletiu o exemplo das gerações que o antecederam e que fizeram o que ele faz neste exato momento: pensar no futuro. "Ilhéus está descendo a ladeira de maneira descontrolada. Precisamos criar oportunidades e possibilidades não apenas para os que já estão aqui. Mas, sobretudo, para aqueles que ainda vão chegar", afirmou.
Ao relembrar o momento "melancia", Ruy citou apenas sobre "a parte interna dela". Disse que no PT ajudou a plantar sonhos e a semear esperança em cinco campanhas do presidente Lula e disse que o partido já não luta mais pelos mesmos ideais que lutava antes. Mas logo retornou para o modelo Ruy paz e amor: "Não direi que estão errados. Mas não estou mais inserido neste discurso", corrigiu.
Postado no www.jornalbahiaonline.com.br
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