quarta-feira, 11 de maio de 2011

Deputado Valmir Assunção critica matéria que criminaliza MST


Informe
10/05

Nesta semana, a revista Veja traz outra matéria falaciosa contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra da Bahia. Desta vez, a revista, passando por cima das regras básicas do jornalismo, acusa de haver três mil pessoas que teriam realizado saques contínuos de eucalipto para alimentar fornos ilegais, usados para a produção de carvão e que seriam um “legado” do MST ao extremo sul baiano.

“Ora, se há essa herança no extremo sul da Bahia, ela foi deixada por três empresas de celulose que se estabeleceram na região dizendo que iam gerar empregos e desenvolvimento. As empresas [Fibria, Veracel e Suzano, citadas na matéria] prometeram criar muitos empregos [15 mil], mas os empregos nunca surgiram. Essa é a herança que existe lá”, rebateu o deputado federal, Valmir Assunção, na tribuna da Câmara dos Deputados.

A Veja entrevista pessoas em que, em nenhum momento, identificam-se como militantes do MST. Dessa forma, a ligação “natural” que a revista faz entre os supostos saqueadores e os Sem-Terra, sem provas, sem fotos e sem escutar o próprio Movimento, não passa de mais uma tentativa de criminalização dos trabalhadores rurais.

“Não acho que um meio de comunicação, ao agir assim, perseguindo movimentos e levantando suspeitas sobre instituições do Estado, esteja cumprindo seu papel para com a sociedade. Acredito que a revista Veja deve rever seus conceitos e seus métodos. Essa não é a forma de um meio de imprensa cumprir seu papel de servir à sociedade brasileira, informando-a”, completou Valmir.

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