Daniel Dórea e Moysés Suzart | A TARDE
O Ba-Vi deste domingo, a partir de 16h, no Barradão, terá a maioria dos ingredientes de um clássico regional: emoção, provocações e muita rivalidade. Porém, é bom a dupla tratar de caprichar no tempero que anda sendo pouco utilizado: gol. Nos últimos dois anos, a média de bolas na rede não passou de 2,3 por jogo. Em oito duelos, entre 2009 e 2010, nenhum time conseguiu marcar mais de dois. O placar mais comum foi o 2 a 1, que ocorreu três vezes, duas para o lado tricolor. Em apenas um confronto quatro gols foram somados, na final de 2009 (2 a 2).
Depois de 2007, quando a média foi de empolgantes 5,8 gols, parece que os atacantes resolveram diminuir o ritmo e calar o grito de gol da arquibancada. No último ano de funcionamento da Fonte Nova (temporada do histórico 6 a 5, no último Ba-Vi da Fonte), época em que o Vitória de Índio e o Bahia de Moré não economizavam na artilharia, em apenas um clássico a dupla não somou pelo menos 4 bolas na rede.
A goleada mais recente aconteceu em 2008, em Feira, quando o Vitória aplicou 3 a 0 no rival. No mesmo ano, o Bahia fez 4 a 1 em pleno Barradão. Mesmo assim, a média caiu para 2,8.
Como resolver o problema? É melhor perguntar para os matadores. No lado do Leão, Neto Baiano não esconde a vontade de colocar a bola para dentro. “Sem dúvida, aquele meu gol no Ba-Vi de 2009 foi o mais emocionante da minha carreira. Estávamos perdendo de 2 a 0 para o Bahia e meu gol acabou dando o título”, lembra. Para ele, voltar a marcar significa reconquistar a torcida. “Tenho que fazer gol. Senão, tô f...”, completou, lembrando que fugiu do Leão em janeiro.
Sem ir para a galera desde maio de 2010, Souza volta a ser a aposta tricolor hoje. Após passar duas rodadas se recondicionando fisicamente, retorna justamente no grande clássico. “Ele é um jogador de muita personalidade, que costuma chamar a responsabilidade em partidas importantes como esta. Tem treinado bem e está pronto”, assegura o técnico Rogério Lourenço, que explica de maneira simplória o que deseja do comandado nesta tarde: “Espero gol, né?”. O atacante carioca vive a mesma expectativa e promete homenagear o pai caso tenha sucesso. Souza vai atuar sozinho na frente, mas contando com a chegada de três meias: Mauricio, Ananias e Camacho. Já o Vitória tem quatro jogadores brigando por duas vagas no ataque.
Bola parada, rachão e boa notícia no tricolor - No último treino antes do clássico, antes do tradicional rachão, o Bahia realizou neste sábado um intenso trabalho tático e de bolas paradas. A boa notícia do dia veio do zagueiro Luizão, que na sexta era dúvida com uma pancada no tornozelo, mas participou das atividades normalmente.
O Bahia está em penúltimo lugar no grupo A, com quatro pontos, cinco atrás do líder, o Atlético de Alagoinhas.
Rubro-negro trabalha posicionamento e convoca Iuri - A manhã de trabalhos no Barradão foi marcada por uma atividade de bola parada visando aperfeiçoar o posicionamento dos atletas. Alison continuou tratamento no departamento médico e ainda é dúvida. O técnico Antônio Lopes relacionou o ala Iuri, da base, para substituir Eduardo.
O Vitória é líder do grupo B, somando sete pontos, empatado com Fluminense e Feirense, mas levando vantagem no saldo de gols, três contra um dos adversários.
VITÓRIA X BAHIA
Local: Barradão
Horário: 16 horas
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra (Fifa-BA)
Assistentes: Adson Márcio Lopes Leal e Belmiro da Silva
Vitória: Viáfara, Romário, Alison, Léo Fortunato e Arthur Maia (Léo); Uelliton, Bida, Timbó e Elkeson; Rildo (Edson) e Neto (Pedrão). Técnico: Antonio Lopes.
Bahia: Tiago, Marcos, Luizão, Titi e Ávine; Marcone, Rafael Jataí, Ananias, Camacho e Maurício; Souza. Técnico: Rogério Lourenço.
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