Moysés Suzart, de A TARDE
Tudo bem que muita gente acha que Rildo não foi o melhor do Ba-vi. Alison venceu seu ex-time no sacrifício, Neto Baiano fez gol e Elkeson voltou a jogar bem.
Porém, o Oscar vai mesmo para o bonitão. Seu primeiro clássico foi digno de estatueta. Desde o começo do filme, ou melhor, do jogo, o cara foi perseguido, tanto pelos jogadores do Bahia como pelos do Leão.
Ainda no primeiro tempo, levou uma trombada de Titi e acabou atropelando uma placa publicitária. Após se levantar do atropelo, nada de carinho dos companheiros. Viáfara correu para o meio campo e puxou a orelha do atleta. "Pensei que Viáfara iria perguntar se eu estava bem, mas levei foi bronca", lembrou, rindo da cena.
Aprendendo e apanhando. Este foi o primeiro tempo de Rildo, que também recebeu broncas de Uelliton e até do jovem Romário, de 17 anos. Mesmo assim, o galã do Leão continuou no jogo para mudar a história da trama.
No segundo tempo, Rildo cansou de apanhar e deu o passe do gol de Elkeson, o segundo do Leão. Depois, desabou... "Corri demais naquele sol do primeiro tempo. Pedi pra sair mesmo, mas o professor Lopes não deixou. Ainda bem que ele não deixou...", disse.
Ainda bem mesmo. Com Alison machucado e restando apenas uma substituição, o personagem principal deste drama continuou em campo, mesmo se arrastando no jogo. "Poxa, doido pro jogo acabar e o árbitro deu cinco minutos! Ainda bem de novo..." lembrou.
Mais uma vez o que parecia ruim se transformou em alegria. Aos 46, Rildo fez o dele. "Meu primeiro Ba-Vi dá para fazer um filme: Rildo à toa!", completou.
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