Samuel Lima, George Brito e Diana Gomes
A juíza Liz Resende, do Plantão Judiciário, deferiu nesta segunda, 06, o bloqueio da movimentação bancária da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). A magistrada atendeu ao requerimento feito por integrantes de uma força-tarefa designada pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, para investigar os crimes cometidos durante o período de paralisação de parte da Polícia Militar.
Entre os delitos apurados pela força-tarefa, estão os ataques a ônibus e a depredação ao patrimônio público, como as viaturas danificadas em meio ao movimento grevista. À frente da força-tarefa, criada na semana passada, estão as delegadas Gabriela Macedo, da Superintendência de Inteligência, e Ana Carolina Rezende, da Coordenadoria de Operações Especiais da Polícia Civil.
Movimento nacional - Dentro dos próximos nove dias, PMs de mais quatro estados ameaçam declarar greve. Com indicativo de paralisação, estão marcadas assembleias para o dia 9 em Alagoas e no Rio; dia 11 no Acre; e dia 15 no Espírito Santo. Juntos, os quatros estados somam mais de 19 mil homens. No ano passado, pararam as PMs dos estados de Rondônia, Pará, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí. Em Minas Gerais não chegou a ter greve, mas houve manifestações nas ruas.
Apesar da sequência de paralisações, as lideranças da Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares Estaduais (Anaspra) negam que haja um movimento “orquestrado” de mobilização nacional. A avaliação é de que, diante do travamento da Proposta de Emenda à Constituição nº 300 na Câmara dos Deputados, os policiais militares foram espontaneamente buscando por seus direitos. “As mobilizações não são orquestradas. É a necessidade que tem forçado os PMs a lutar”, afirmo o vice-presidente da Anaspra, Jeoás Santos.
“São mobilizações isoladas em cada Estado. É tudo uma reação contra o massacre do governo federal que não quer pagar salários compatíveis à função policial”, endossou o presidente da entidade, Pedro Queiroz. Em tramitação no Congresso desde 2008, a PEC 300 chegou a entrar para votação no Plenário, mas não foi votada. O piso salarial nacional unificado em R$ 3,5 mil é a principal reivindicação da categoria com a Proposta.
Fonte/; Jornal A Tarde
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