sábado, 11 de fevereiro de 2012
Assembleia: policiais decidem continuar em greve
Da Redação, com informações de Maíra Azevedo e Wagner Ferreira – A Tarde On Line
A segunda assembleia entre policiais grevistas, realizada no Ginásio do Sindicato dos Bancários, após a desocupação da Assembleia Legislativa, acabou sem grandes novidades. Os participantes decidiram, na noite desta sexta-feira, 10, que a greve continua e que o seu desfecho ainda é imprevisível.
A medida se contrapõe ao posicionamento do comandante da Polícia Militar (PM), coronel Alfredo Castro, que determinou, na manhã desta sexta, que os PMs retornassem ao trabalho. "A partir de hoje a ausência ao trabalho não vai ser mais vista como adesão ao movimento grevista. A ausência está sendo vista como uma falta ao serviço, que, se confirmada, será punida com o rigor da lei", alertou.
De acordo com coronel Alfredo, os policiais faltosos podem ter o dia não trabalhado descontado do salário ou até mesmo ser presos em unidade militar.
O coronel afirmou ainda que a greve da corporação, que hoje completa 11 dias, terminou. Segundo ele, 85% do efetivo já está trabalhando em toda Bahia. Ele não especificou a situação em Salvador. As afirmações foram feitas em entrevista coletiva realizada no Quartel dos Aflitos.
De acordo com o comandante, mesmo com o retorno dos PMs ao trabalho, ainda há bairros vulneráveis. "Há dificuldade de policiamento na Suburbana e Cajazeiras, mas isso não é motivo para que as pessoas tenham medo de ir para a rua. O policiamento está cada vez mais se normalizando", disse.
Assembleia - Uma nova assembleia, entre os grevistas, foi marcada para a tarde de sábado (11), às 16h, no Ginásio do Sindicato dos Bancários, no bairro dos Aflitos.
De acordo com o porta-voz dos policiais militares grevistas, Ivan Leite, caso um consenso ente PMs e grevistas não seja tomado, as assembleias devem ser realizadas a cada dois dias.
Momo - O comandante, coronel Alfredo Castro, também afirmou que o Carnaval está mantido em Salvador. Segundo ele, 3.200 homens farão a segurança na rua entre policiais de Salvador e das cidades vizinhas. O Exército vai reforçar o efetivo e continua na cidade enquanto a situação não estiver normalizada, de acordo com o comandante.
Diálogo - O comandante disse ainda que as negociações continuam abertas, mas não apresentou nenhuma nova proposta. De acordo com ele, os PMs já vão receber 70% da diferença da GAP III para a GAP IV.
Prisco - O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), o ex-PM Marco Prisco, e o outro líder do movimento, o ex-cabo Antônio Paulo Angelini, estão detidos em celas isoladas na Cadeia Pública, de acordo com o advogado deles, Rogério Andrade.
Segundo o tenente-coronel, Paulo César, supervisor de gestão prisional da unidade, eles estão separados e não têm contato com os demais presos.
O advogado disse que Prisco está tranquilo e confiante que, com a divulgação na íntegra das ligações grampeadas, provem que ele não articulou atos ilícitos. O ex-PM também acredita que a decisão dele de se entregar pode contribuir para sua soltura.
Os outros dois presos, sargento Elias Alves de Santana e soldado Alvin dos Santos Silva, estão na Polícia do Exército. Não há informações sobre onde está detida a soldado Jeane de Souza.
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