segunda-feira, 11 de abril de 2011

Fraude em gabarito suspende concurso público em Ilhéus

Ana Cristina Oliveira l Sucursal Itabuna / Jornal A TARDE

Ilhéus - Quase vinte mil candidatos ficaram sem fazer neste domingo, 10, a prova do concurso público nº 01/2011, promovido pela Prefeitura de Ilhéus, para preencher 548 vagas da administração pública. O exame foi suspenso depois que a Polícia Federal prendeu no sábado, 9, Vinícius Oliveira Campos, enquanto vendia o gabarito das provas a José Carlos Santana dos Santos, candidato a uma vaga de agente de trânsito.

Segundo a PF, José Carlos teria pago R$ 2 mil adiantados e pagaria outros R$ 1 mil após a prova. Desde fevereiro, a PF vinha investigando denúncias sobre venda de gabarito em Ilhéus. A dupla foi flagrada no Colégio Municipal de Ilhéus (IME), um locais de prova, na hora em que coordenadores e fiscais recebiam treinamento.

Os policiais federais encontraram celulares utilizados no esquema, lista de "clientes" que compraram os gabaritos e extratos bancários com depósitos das negociações fraudulentas.

Desinformação - Candidatos que são de outras cidades encontraram, neste domingo, os locais de prova com portões fechados e não havia ninguém para dar informação. Um deles, morador em Feira de Santana e que preferiu não ser identificado, disse que, por volta das 23 horas, quando deixou a cidade em direção a Ilhéus, não havia no site da empresa nenhuma informação sobre o cancelamento.

Em nota oficial, assinada pelo secretário de Administração, Antônio Firmino Bezerra Oliveira, a Prefeitura de Ilhéus, considerando o risco de divulgação de outros gabaritos, que venham comprometer a lisura do concurso, remarcou a nova data para o próximo dia 8 de maio. A nota diz ainda que os candidatos terão mais esclarecimentos no site (clique aqui para acessar) e/ou na secretaria municipal de Administração, no 3º andar do Prédio Anexo de Secretarias, na Rua Santos Dumont, s/n, centro.

Também em nota, a empresa S&R Concursos e Pesquisa informa que foi vítima de furto do gabarito das provas. Diante do incidente, a empresa, em concordância com a Prefeitura, decidiu adiar a data de aplicação das provas.

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