sábado, 8 de janeiro de 2011
O Brasil está vestindo rosa desde o dia primeiro de janeiro de dois mil e onze.
Ainda preservo colados em minhas portas, janelas e na capa de minha agenda os adesivos da propaganda eleitoral de Dilma Rousseff. Durante o período pré eleições fui uma eleitora ativa e apaixonada. Consegui vários votos femininos pra Dilma, pois as mulheres são as mais resistentes para apostarem na mudança. Entendo que é cultural, algumas ainda permanecem subjugadas pelo domínio masculino, até gostariam de aceitar, mas muitas ainda não confiam no próprio poder.
E agora?
São muitas as expectativas, todos perguntam como Dilma vai governar? As cobranças e críticas serão inúmeras, como ela vai reagir?
Nós, mulheres, só temos um modelo: o masculino. Estamos nos reinventando, é a primeira vez que uma mulher chega ao mais alto posto político do país, o desafio de governar é enorme.
Com certeza ela cometerá muitos erros, como eles, os homens, também cometeram. Aprenderá com seus erros, como acontece com todos nós, a vida é assim. As cartas estão na mesa, os teóricos já estão com os dedos apontados, rodeando em cima do muro para assistirem se ela terá habilidade suficiente para manipula-las. Mas, Dilma gosta de dizer: A mulher pode!
As críticas já começaram, como aconteceu no programa Mais Você, de Ana Maria Braga, Rede Globo, em 04/01/2011, nos comentários das mulheres, Ana e Bete Lago. Elas fazem parte daquele grupo de mulheres que não entenderam e ainda não se deram conta dessa grande façanha, são muito superficiais para isso.
Ana perdeu uma boa chance de se posicionar seriamente conquistando com isso o respeito de inúmeras mulheres, mães de família, mulheres guerreiras que lutam para sustentar seus filhos, em vez disso levou ao seu programa uma mulher com opiniões fúteis, portanto com um olhar oposto ao que de fato importa.
E vejam só que ironia! O homem presente ao programa representou muito mais a mulher, quem diria!
Heraldo Pereira, um repórter negro, sério e competente, que aliás a Ana elogiou por estar substituindo um branco no Jornal Nacional, quanta honra!!!
Foi maravilhoso ouvi-lo dizer que se orgulha de ser negro e de suas raízes humildes. Heraldo foi de uma dignidade emocionante, elogiando a nossa presidenta, falou que admira sua postura e sensibilidade.
Enquanto isso era chamado de muito bonzinho pela Ana Maria, que não teve sabedoria, nem conseguiu descer de seu pedestal soberbo para entender a postura daquele homem, que na verdade, estava assumindo o seu papel, enquanto mulher.
Ana e Bete continuaram criticando o modelito da presidenta, o seu jeito de andar, as gafes, enfim, coisas que o homem presente em nenhum momento mencionou, foi vergonhoso.
Com tantas mulheres inteligentes e com criticidade em nosso país, Ana Maria tinha que levar como convidada a Bete Lago, para juntas ficarem tripudiando nossa presidenta. Na verdade, não sei porque eu ainda fico indignada, já deveria saber disso, não posso exigir que toda mulher entenda esse imensurável feito que Dilma conseguiu, elevando nossa auto estima e condição feminina.
Entretanto, apesar da ignorância delas, também, serão representadas e respeitadas por nossa presidenta, que em seu discurso de posse, emocionada, prometeu governar para todos os brasileiros.
Postado por Celena Carneiro
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