sábado, 29 de janeiro de 2011

Médico do Samu ataca o prefeito


O diretor-regional do Sindimed, Sindicato dos Médicos da Bahia, e médico do Samu de Ilhéus, Teobaldo Magalhães, acusou o prefeito Newton Lima de não priorizar a saúde pública no município.

Ele declarou que o prefeito tem "usado o ranço da ditadura contra os médicos". A declaração foi feita em entrevista no programa o Tabuleiro, na rádio Conquista FM, antes de um protesto na manhã desta quinta em frente à Prefeitura.

A manifestação, segundo Theobaldo, não é só pela defasagem salarial enfrentada pela categoria mas, principalmente, "por melhores condições de trabalho". A lista de reivindicações é grande e antiga.

Inclui insalubridade de 40% sobre o salário-base, adicional noturno, Plano de Cargos e Salários, atualização dos recolhimentos do INSS e FGTS, segurança na sede do Samu, boa alimentação, viaturas mais adequadas e mais remédios.

Caso a prefeitura não atenda às exigências, os médicos garantem parar a partir de terça-feira por tempo indeterminado. Theobaldo Magalhães disse ainda que "a população vai sofrer, mas Ilhéus vai sair ganhando".

O secretário da Saúde de Ilhéus, Jorge Arouca, alertou que não é prudente uma greve pelos médicos do Samu. Ele alegou que o município não recebe o repasse de verbas há três meses e já existe um debito de cerca de R$ 400 mil.

Disse ainda que sua secretaria passa por um processo de reestruturação, com ajustes em diversos setores, inclusive administrativo e financeiro, mas "sempre adotou uma postura de diálogo e negociações".

Com relação às reivindicações feitas pela equipe do Samu, ele justificou que o serviço atravessa uma crise conjuntural em todo o Brasil e não apenas em Ilhéus.

Fonte: Jornal e Região

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