domingo, 13 de março de 2011

Saudades do Brega…

Foi – se o tempo, em que família tinha nome e vergonha na cara.
Pai e mãe tinham por obrigação educar e sustentar os filhos, pobre ou rico, seguiam uma linha religiosa, sem cadeiras de plásticos, microfones e tantas coletas. Mas o tempo passou, os valores se inverteram, surgiram conflitos da técnica com a natureza humana, os homens deixaram de valorizar o Ser e, passaram a Ter, aos poucos a família deixou de ser prioridade. As mulheres entraram no mercado de trabalho, os filhos começaram a ser criados por babás e governantas, de acordo com as posses de cada um.

Família tinha nome, e, era considerada pela sociedade de acordo com os talentos, que eram usados, para o bem comum, gozavam de auto-estima, vivendo em harmonia tanto na comunidade como nos meios sociais em que participavam. Um rapaz, ao iniciar um namoro com uma moça, conversava primeiro com a família e, se esta o aceitasse, normalmente terminava em matrimônio. Namoro, era mão na mão, beijo, só muito oculto, ou seja, havia respeito e consideração, atualmente a palavra de ordem é divórcio, pois, o mais forte e o mais instintivamente irresistível dos grupos sociais era a família.A necessidade da família, entre os seres humanos, é imposta pela grande duração da infância e pelo fato de que as mães ficavam tolhidas de trabalhar fora, neste caso, o pai tornava-se membro essencial do grupo familiar. Esse quadro, está se invertendo.

Quanta coisa mudou, mentira passou a ser verdade, cachaça perdeu a graça, as drogas, tomaram conta da humanidade e, é aceita por muitos como caso sem jeito. O respeito no meio familiar perdeu o seu valor, a ponto, de uma menina de 14 anos, informar aos pais que passaria o carnaval em, Salvador, com um grupo de amigos, a mãe lhe diz: cuidado não esqueça de usar camisinha. Um pai, permite que o namorado da filha, durma no mesmo quarto, ao retornarem de um show as 4:00 da manhã. O homem moderno leva a vida muito diferente. Quem cria os filhos é o mundo. O número de idosos abandonados, superlotando os abrigos é muito grande, difícil uma família que não tem viciado em droga, não se sabe mais quem é realmente homem e quem é mulher… Malandro, passou a ser político, com direito a gravata e ajuda de custo. O mais esperto, funda uma igreja e em pouco tempo fica milionário. BREGA passou a ser casa de família e, ambiente de muito respeito. Quantas saudades…

(ALMEIDA, J. Iram)

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