O deputado afirmou que o governo Dilma sabe que o Brasil, se tiver uma política adequada, pode enfrentar corretamente a crise, sem que o povo brasileiro sofra com ela
O Programa Brasil Maior, lançado pela presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (2), no Palácio do Planalto, foi destacado pelo deputado federal Emiliano José (PT-BA) em pronunciamento na Câmara, no mesmo dia. O novo programa abrange um conjunto de medidas destinadas a expandir o mercado interno, fortalecer a indústria, garantir o emprego, estimular fortemente a inovação, sustentar a soberania e assegurar uma crescente integração com os países da América do Sul.
O lançamento contou com a presença de centenas de pessoas, e mais os ministros Guido Mantega (Fazenda), Aloísio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e Gleisy Hoffman (Casa Civil), que estavam à mesa por força de suas ligações com o programa, e mais tantos outros componentes do Ministério. Além deles, à mesa, ainda, o presidente do Senado, José Sarney, e o da Câmara, Marco Maia.
Conforme destacou Emiliano, a presidenta lembrou bem quando disse que o dia 2 de agosto vai ficar na história. “Primeiro, pelo lançamento do Programa Brasil Maior, que sem dúvida é, também, a condensação de uma política destinada a enfrentar a crise mundial, que se arrasta desde 2008, e que se agravou nesses últimos dias, face ao recrudescimento dos problemas dos EUA e Europa, especialmente por conta dos problemas dos EUA, que estiveram à beira da insolvência. O Brasil não podia ficar de braços cruzados diante da crise, esperando que ela passasse”.
PLANO “ANTICALOTE” DOS EUA
O deputado disse que o dia 2 de agosto ficará na história também pelo anúncio do chamado plano “anticalote” aprovado pela Câmara dos EUA. Para ele, é irônico e trágico ao mesmo tempo estejamos a assistir uma situação como essa no “coração do império do capitalismo”.
“Irônico porque seria impensável há algum tempo que isso pudesse acontecer. A Nação mais poderosa do mundo é obrigada a lutar para elevar o limite de sua dívida, sob pena de falência. Trágico porque as consequências das crises dos países centrais do capitalismo sempre são transferidas aos países da periferia do mundo, especialmente com a disputa dos mercados periféricos, à falta de seus próprios mercados, constrangidos pela crise econômica. Esta crise foi ocasionada por políticas irresponsáveis destinadas sempre a favorecer o capital financeiro, e se arrasta, como sabemos e já dissemos, desde 2008”, explicou.
Para Emiliano, Dilma está certa ao dizer que a crise não vai arrefecer rapidamente e ao dizer que ela é consequência da insensatez e da incapacidade política. “O certo é que ela reiterou que a instabilidade gerada lá fora vai continuar, e não se sabe por quanto tempo. Diante dessa crise, o governo brasileiro manifesta sua consciência de que o Brasil não está isento dos efeitos dela. E, por isso mesmo, não pode ficar de braços cruzados, na esperança de que a tormenta passe, e não nos alcance. O governo Dilma sabe que o Brasil, se tiver uma política adequada, pode enfrentar corretamente a crise, sem que o povo brasileiro sofra com ela”.
O parlamentar concluiu afirmando que “o programa corresponde aos objetivos de um governo que não abre mão de continuar a trajetória iniciada em 2003 com o governo Lula, de uma presidenta que tem profunda sensibilidade histórica e social, que está consciente de suas responsabilidade com o País e com o mundo, que permanece solidária com seus irmãos da América do Sul. Que continuará a lutar para fazer do Brasil uma Nação sem miséria. E que continuará a sustentar ser o Brasil um País senhor do seu destino”.
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