terça-feira, 5 de março de 2013

Entidades fazem manifestação pelo cacau brasileiro

O Instituto Pensar Cacau (IPC) realiza nesta terça-feira (5/3) em Ilhéus (BA) um movimento que contará com a participação de mais de 30 entidades, entre elas, associações do cacau, membros da sociedade civil, prefeituras e produtores – e que pretende chamar atenção de autoridades e do governo para a alta importação de cacau de outros países por parte da indústria em detrimento do produto nacional. 
 
“Tal conjuntura afeta fortemente a região, não apenas do ponto de vista socieconômico como também ambiental”, enfatiza Águido Muniz, presidente do IPC, organização participante do movimento. “Queremos que o governo crie condições que equilibrem a relação entre a produção e a indústria”, diz. 
 
O Brasil tem hoje uma capacidade instalada de moagem do cacau em torno de 220 mil toneladas por ano, e está a 10 mil toneladas de chegar a esse volume, o que deve ocorrer ainda este ano. “Não entendemos a posição da indústria brasileira, uma vez que o cacau produzido aqui não apenas é de melhor qualidade como também mais barato”, avalia o presidente do IPC. Só no ano passado, segundo Muniz, foram importadas 68 mil toneladas, quando a necessidade era de apenas 38 mil para complementar a oferta interna. 
 
Outro representante do movimento, Durval Libânio, presidente do Instituto Cabruca, avalia que alguns fatores, a exemplo da previsão da safra, a ser realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do seguro agrícola e do crédito para os produtores são de extrema importância para equilibrar a oferta e a procura no Brasil. “A cadeia já solicitou ao Ministério da Agricultura tais providências, especialmente a previsão de safra, fundamental para que a indústria possa ter dados estatísticos concretos e oficiais, mas as ações ainda não foram tomadas”. 
 
A cadeia produtiva do cacau tem relevante importância econômica para a região do sul da Bahia e reúne três milhões de pessoas em 93 municípios. Fonte: Globo Rural On-line

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