sábado, 17 de setembro de 2011
Pesquisa comprova que camponeses são os mais afetados por pobreza extrema
Segundo pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) divulgada nesta quinta (15/9), os camponeses são o grupo social mais atingido pela pobreza extrema no Brasil. Apesar da redução da pobreza, somado ao crescimento da renda da população, 36% das famílias consideradas “extremamente pobres” são agricultores.
Segundo o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), os pobres e extremamente pobres deste País precisam ser identificados para que as políticas federais sejam focadas nestes públicos.
“A pesquisa do IPEA comprova o que há meses já venho dizendo na Câmara dos Deputados, durante os debates do plano Brasil Sem Miséria: são justamente os indígenas, os quilombolas, os ribeirinhos, os sem-terra, os marisqueiros/as que têm necessidades diferentes, necessidades que envolvem o investimento público em crédito, o incentivo ao cooperativismo, a criação de agroindústrias, assistência técnica, demarcação de terras e reforma agrária”, explicou Valmir.
Para o IPEA, os principais fatores que levam os camponeses à pobreza são, pela ordem, o pequeno tamanho de suas terras; a baixa disponibilidade de insumos agrícolas, especialmente de água; a falta de assistência técnica; e os baixos preços pagos pelos seus produtos.
O estudo ainda apontou que mais de 30% dos extremamente pobres moram na zona rural de pequenos municípios do Nordeste. Outros 20% desse grupo vivem na área urbana das pequenas cidades nordestinas. Cerca de 10% dos extremamente pobres estão nas áreas urbanas das grandes cidades do Nordeste e outros 10% nas cidades grandes do Sudeste.
Com informações do IPEA e UOL.
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