Chefe do Exército do país fez o anúncio nesta quinta-feira (22) em cadeia de televisão; membros do atual gabinete foram presos
por Redação da RBA publicado 22/05/2014 10:51, última modificação 22/05/2014 12:08
EFE/STR
Manifestante pró governo é preso pelo exército tailandês após decretação oficial de golpe de estado
São Paulo – O chefe do Exército da Tailândia, Prayuth Chan-Ocha, anunciou hoje (22) que está oficialmente tomando controle do governo do país, dias após decretar lei marcial. O anúncio foi feito pela televisão. Logo após a transmissão, Chan-Ocha também declarou toque de recolher em todo o território tailandês.
Os militares, que, segundo o New York Times, prenderam membros do atual gabinete, vinham negando que a lei fosse um golpe de estado. Eles estavam há dois dias reunidos para tentar achar uma solução para a crise política do país, mas não haviam chegado a um acordo. Hoje, após Chan-Ocha decretar o fracasso das negociações, soldados do exército passaram a escoltar as autoridades presentes no encontro.
De acordo com o porta-voz do exército, "todas as emissoras de TV e rádio, via satélite e cabo, devem interromper a programação e transmitir conteúdo do exército exclusivamente, até que sejam avisados do contrário".
Este é o 12º golpe de estado no país desde o fim da monarquia absolutista, em 1932. A intenção das Forças Armadas do país, disse Chan-Ocha, é "voltar à normalidade rapidamente". Segundo o militar, a tomada de poder aconteceu para "reformar a estrutura política, a economia e a sociedade".
Como desdobramento do golpe, o exército suspendeu a Constituição do país, apesar de manter o Senado em funcionamento. "A Constituição de 2007 foi suspensa, exceção feita ao capítulo sobre a monarquia", para "dirigir o país com suavidade", declarou o porta-voz militar.
O Exército ordenou aos manifestantes dos movimentos pró e contra o governo que deixem as ruas. "Para manter a paz e a ordem, todos os manifestantes, de todos os grupos, devem regressar às suas casas", continuou o porta-voz.
A crise na Tailândia se arrasta desde que, também via golpe, foi deposto o então primeiro-ministro Thaksim Shinawatra, em 2006, e se agravou nos últimos seis meses. No começo de maio, a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksim, eleita após a saída dele do cargo e acusada de corrupção e um dos alvos dos protestos, foi destituída pelo Tribunal Constitucional do país. Ela foi substituída, interinamente, pelo ministro do Comércio, Niwattumrong Boonsongpaisan.
Com agências
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