quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Ilhéus: Prefeito continua perseguindo servidor

Suposto autor de ciclofaixa é notificado em casa a apagar iniciativa em 24 horas
Mário Schineider, basta opinar para ser culpado

Crédito: JBO/Mauricio Maron
Fiscais da Prefeitura Municipal de Ilhéus notificaram o cidadão e servidor público afastado das funções Mário Schineider, responsabilizando-o pela iniciativa da "construção" de uma ciclofaixa na avenida Lomanto Júnior, Pontal. O caso deve ir parar na justiça, já que o secretário municipal Isaac Albagli não gostou da iniciativa, alegando que medidas como esta, que envolvem segurança de pedestres e motoristas, têm que, necessariamente, passar por critérios técnicos.
A responsabilidade de autoria foi atribuída a Mário Schineider, após ele declarar ao Jornal Bahia Online que "a população cansou de esperar e tomou uma atitude". Edisse também que iria buscar ajuda para dar continuidade à iniciativa. Mas em nenhum momento ele assumiu a autoria da construção da primeira ciclofaixa. A entrevista, no entanto, está sendo usada como mais uma "prova" contra o servidor, que integrou o Movimento Reúne Ilhéus e está fora da folha de pagamento da Prefeitura, polêmica decisão tomada pelo governo que vem sendo questionada pelos advogados do servidor. Fiscais de postura, que foram até a residência do acusado, deram a Schineider 24 horas para apagar as marcações feitas durante a madrugada.
"Eu apoio a iniciativa e usei do meu perfil nas redes sociais para agradecer a iniciativa e clamar por mais atos semelhantes da população ilheense. Ao ser notificado, ainda em minha residência, disse que não tinha sido de minha autoria, porém apoio totalmente a iniciativa e procurei marcar o encontro tão esperado entre os cidadãos interessados no tema (Mobilidade Urbana) e ciclistas ilheenses, afim de promover um debate sobre a área e classificar alternativas de soluções para os problemas da cidade. Recebi a informação que às 14h eles estariam na Setran (hoje, Sutran) e assim poderíamos conversar. No horário ninguém estava lá", garante.
Ele lembra que pela Lei 12.587, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, todos os municípios com mais de 20 mil habitantes poderão elaborar Planos de Mobilidade Urbana, até 2015. Como a bicicleta é uma forma sustentável de transporte, o Ministério das Cidades indica ainda que, além de buscar os recursos federais, os governos municipais façam uma sondagem junto a órgãos paraestatais e empresas privadas, no intuito de firmar parcerias.
"É preciso também diferenciar para toda a população, o que é ciclovia, ciclofaixas e ciclorrotas. A ciclovia é um espaço segregado exclusivo para ciclistas, existe uma separação física que isola as bicicletas dos outros veículos. A Ciclofaixa, contrário da ciclovia, as ciclofaixas não possuem uma separação física e fixa. Normalmente a separação ocorre por faixas pintadas no chão e a utilização de “olhos de gato”. A ciclorrota não possui nenhum tipo de separação. É um caminho recomendado para os ciclistas, que pode ser sinalizado ou não. O carro e a bicicleta dividem a rua e a sinalização, quando existe, aponta preferência dos ciclistas, indicando aos motoristas que a velocidade deve ser reduzida e a atenção redobrada", garante.

Fonte: JBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário