quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dilma inaugura ferrovia e critica 'pessimismo adversativo' da mídia

Trecho de 147 km da Ferronorte ajudará a escoar produção agrícola do Centro-Oeste
por Redação da RBA publicado 19/09/2013 14:39, última modificação 19/09/2013 16:29
ROBERTO STUCKERT FILHO/PR
dilma ferronorte
Presidente disse que Brasil corre contra o tempo para expandir ramais ferrroviários
São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje (19) o que chamou de “pessimismo adversativo” de parte dos críticos do governo federal, especialmente na mídia. “Acho que tem um pessimismo adversativo. Outro dia eu vi uma manchete que era assim: 'Inflação é maior do que parece'. Eu acho isso estranho”, declarou a jornalistas após cerimônia de inauguração do trecho Alto Araguaia-Rondonópolis da ferrovia Ferronorte e do Complexo Intermodal de Rondonópolis (MT).
Dilma se referia à prática frequente, nos meios tradicionais de comunicação, de usar artifícios gramaticais para desqualificar notícias positivas para o governo e para o país. Um desses artifícios são as conjunções adversativas ("mas", "porém").
A resposta foi dada após cobrança de jornalistas por obras que estariam paradas, como a rodovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco. “Não estão paradas. A transposição em outubro terá o maior número de operários nos canteiros”, rebateu a presidenta.
Dilma inaugurou um trecho de 147 quilômetros da ferrovia, que possui, no total, 260 km de extensão. As obras tiveram o investimento de R$ 780 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Durante a cerimônia, ela destacou a importância da ferrovia para diminuir custos e aumentar os ganhos dos produtores rurais do estado. “A questão ferroviária no Brasil sempre foi mal resolvida. Todos os grandes países continentais buscaram construir ferrovias e internalizar o desenvolvimento através delas. Isso aconteceu no final do século 19 e nós, no século 21, estamos correndo atrás para eliminar essa imensa fragilidade do Brasil”, afirmou.
“É uma obra importante para dar mais respaldo para o desenvolvimento e o crescimento do Brasil, que já tem no agronegócio um dos maiores fatores dinâmicos de nossa economia e de nossa balança de pagamentos”, disse Dilma. “Até pouco tempo atrás, tinha gente que ainda pensava que o interior era lugar meio esquecido e pouco desenvolvido. Hoje, é um dos seguimentos mais dinâmicos da economia brasileira.”

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