Os
ilheenses acolheram com alívio a iniciativa da Prefeitura Municipal de
combate à poluição sonora. A blitz realizada conjuntamente entre as
secretarias de Meio Ambiente e Urbanismo (Semau) e de Desenvolvimento
Urbano (Sedur), com o apoio da Guarda Municipal e da Companhia de
Policiamento Ambiental (Cipa), já notificou, com advertência, diversos
motoristas, pegos em flagrante, com o volume excessivo do som do carro.
Jailson
Conceição dos Santos, 59 anos, morador do Alto de São Sebastião,
afirmou que o barulho emitido por carros de som na Praia do Cristo
consegue se propagar até sua residência. Ele conta que é preciso fechar
portas e janelas para conseguir assistir televisão e, desse modo, sente
muito calor. “A ação é muito boa. Espero que siga dessa forma”, disse.
A
disputa pelo som com mais potência, os chamados “paredões”, é outra
atitude irresponsável lembrada por Moema Cacimiro, 52 anos. “Se todo
mundo quer ouvir sua música na festa, o princípio que vale é o da
educação, é preciso equilíbrio”, declara. Já Anne Margareth, mãe de uma
criança com apenas dois anos, sofre com o barulho provocado pela
vizinhança. “Diversas vezes já é mais de meia noite e o som ainda não
cessou, interrompendo o sono da minha filha e de toda família”, comenta.
Saúde Pública -
A blitz é também uma ação que colabora para a saúde pública. O médico
otorrinolaringologista Jorge Roberto Paes alerta para os problemas
ocasionados pelo volume excessivo de ruídos, que podem evoluir para uma
perda auditiva, ou até mesmo atingir outros órgãos. “O ruído quando
atinge o limite que é nocivo ao ser humano, 80 decibéis, começa a
provocar sintomas de lesões no sistema nervoso do ouvido. Ao longo do
tempo, pode ocorrer a perda auditiva sensorial”, esclarece.
Há
35 anos exercendo a profissão, o médico conta que recebe, em seu
consultório, pacientes que desenvolvem outros problemas que são comuns,
porém reversíveis. “O ruído intenso causa outras doenças, nem sempre
relacionadas ao aparelho auditivo. Pode atingir, por exemplo, o sistema
nervoso central. Irritabilidade, enxaquecas, crise hipertensiva são
consequências de uma exposição intensiva aos ruídos. Lembrando claro,
que a sensibilidade acústica varia de indivíduo para indivíduo”
ressalta.
Fiscalização –
No caso de reclamações sobre a poluição sonora, o setor de fiscalização
faz o atendimento na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Urbanismo, localizada na Praça Barão do Rio Branco, 149, Cidade Nova, no
período das 8h30 às 12 horas e das 13h30 às 18 horas.
Secretaria de Comunicação (Secom).
Ilhéus – 29.01.2013
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