Por Rafael Santos | Futebol Cinco Estrelas
Demorou, mas um jogador de futebol de um grande clube sofreu um sequestro
relâmpago. Escrevo sobre o caso envolvendo o meia chileno Valdivia, que
atualmente tenta forçar uma transferência do Palmeiras por estar assustado com
a violência no Brasil. Sei que torcedores do Verdão podem não concordar e ver
na situação apenas a desculpa ideal para o atleta deixar o time.Também é óbvio que Valdivia anda devendo um melhor futebol desde que retornou ao Palmeiras.Todos os possíveis argumentos dos torcedores sobre o rendimento do atleta no clube procedem. Mas, Valdivia está certo em tentar proteger sua família depois de sofrer esse tipo de violência por aqui. Ele é um jogador de futebol, mas também é uma pessoa. Um pai de família.
Em entrevista à TVN, do Chile, o jogador do Palmeiras revelou que andou quase três horas com uma arma apontada para sua cabeça. Também explicou que sacou R$ 1 mil e que ficou aterrorizado, já que no Brasil, as pessoas matam por R$ 50". A declaração é forte e pode aflorar o sentimento de revolta nos mais nacionalistas. No entanto, o Mago tem razão.
Últimas estatísticas dão conta de que apenas no Estado de São Paulo ocorreram 4.189 registros de homicídio no ano, 132 a menos que em 2010, o equivalente a 10,05 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Os latrocínios, por sua vez, subiram 20,9% -passaram de 253 casos em 2010 para 306 em 2011. Números não mentem. E qualquer cidadão brasileiro com o mínimo de bom senso vai concordar que a violência é um problema sério em nosso país.
Por enquanto, a situação do jogador do Palmeiras não foi definida. Seus direitos econômicos estão divididos entre o Palmeiras, que tem 54%, Osório Furlan Jr., que é conselheiro e empresário, que tem 36%, e com o pai do jogador, que conta com 10% dos direitos. O certo é que Valdivia está traumatizado. Quem não estaria?
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