Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 13/12/2010, 13:50
Lula discursa ao receber homenagem do Hospital Sarah Kubitschek: ódio e maldade acabaram com a CPMF (Brasília, DF, 13/12/2010)
São Paulo – Dois anos depois da extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defenderam mais recursos para a Saúde. Nesta segunda-feira (13), Lula atribuiu ao "ódio, rancor e maldade" a extinção do imposto.
“Ao deixar a Presidência da República, digo que não há hipótese de melhorar a saúde no Brasil se não arrumar uma forma de arrecadar recursos”, afirmou em discurso durante homenagem recebida no Hospital Sarah, em Brasília. O presidente acrescentou que o ministro da Saúde do governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, terá a tarefa de organizar deputados e senadores para garantir esses recursos.
"Independentemente de quem venha a ser o ministro da Saúde, ele sabe que tem uma tarefa imensa de organizar os deputados e senadores para que a gente possa, sei lá de que forma, arrumar recursos para cuidar da saúde com muito mais carinho do que cuidamos", disse o presidente no discurso.
Especificamente sobre a CPMF, Lula disse: "Perdemos mais de R$ 150 bilhões. Só existe uma explicação para tirar a CPMF do Orçamento: ódio, rancor e maldade". A contribuição vigorou de 1994 a 2008.
No início deste mês, José Eduardo Cardozo, indicado como ministro da Justiça do futuro governo de Dilma Rousseff e um dos coordenadores da equipe de transição, afirmou que a presidente eleita, considera "imprescindível dedicar-se à questão da gestão da saúde, sem prejuízo de, no futuro, discutir fontes de financiamento, que não precisa passar necessariamente por elevação nem criação de tributos".
Sarney concorda
A criação de um novo imposto nos mesmos moldes da contribuição extinta em na madrugada de 12 para 13 de dezembro de 2007 foi defendida por Sarney, que votou pela manutenção do tributo na ocasião.
"É um imposto muito pequeno e um imposto bom porque não tira mais dos pobres, mas tira dos que mais têm. São recursos que deixam de entrar para a saúde pública, onde o Brasil mais necessita e o povo mais necessita", observou, durante o mesmo evento.
Com informações da Agência Senado e Agência Brasil
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