segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Jailson exonera 24 assessores parlamentares para quitar salário e 13º na Câmara
Pelo menos 24 assessores parlamentares da Câmara de Vereadores de Ilhéus acabam de ser exonerados pelo presidente Jailson Nascimento, sob a justificativa de que a Mesa Diretora não teria recursos suficientes para pagar os salários e o 13º salário do funcionalismo concursado que atua no Palácio Teodomiro Ferreira, sede do Legislativo Municipal.
Os demitidos fazem parte da cota de assessores especiais a que os parlamentares tinham direito e, com a decisão, os 12 vereadores (o presidente da Casa não faz parte desta lista) perderam, cada um, dois auxiliares.
O Jornal Bahia Online apurou que cada vereador recebe o equivalente a um outro salário parlamentar para a contratação de assessores diretos. No entanto, durante o mandato do ex-vereador e deputado federal Raymundo Veloso, a Câmara instituiu, por conta própria, a criação de mais três assessores acima do limite previsto pela Lei Orgânica e o Regimento Interno. No início do ano, alegando contenção de despesas, o atual presidente, Jailson Nascimento, conseguiu convencer os vereadores a abrir mão de um destes assessores. Agora, decidiu pela exoneração dos outros dois.
O Jornal Bahia Online tentou contato com o presidente da Câmara, Jailson Nascimento, mas este não atendeu a ligação e nem deu retorno. A intenção era saber mais detalhes sobre a medida.
Na lista dos assessores comissionados permanecem apenas os chamados "oficiais", aqueles que estão na cota prevista de gastos para cada um dos parlamentares. Além destes, atuam na Câmara de Vereadores, os servidores concursados. Todos os meses, a Prefeitura repassa para a Câmara algo em torno de meio milhão de reais e, segundo infvormações colhidas pelo JBO, quase todo o dinheiro é utilizado nas despesas do legislativo municipal. "Quase não se consegue guardar um centavo para fazer caixa e promover novos investimentos", afirma um servidor concursado.
O problema é que a demissão, agora, é apenas um paliativo já que estes assessores exonerados têm, por lei, direito aos direitos trabalhistas. Esta dívida, ao que parece, Jailson Nascimento pretende deixar para ser quitada por seu sucessor, que será conhecido nos próximos dias numa disputadíssima eleição que promete emoções até o seu último voto.
Ouvidos pela reportagem do JBO, alguns vereadores demostraram irritação com a medida presidencial e dizem que as exonerações podem causar dificuldades a Nascimento neste período que antecede a eleição da nova mesa. O grupo situacionista - que deve optar pela candidatura do vereador Paulo Carqueija (PT) - aposta na insatisfação da maioria para conquistar alguns votos que já considerava perdidos.
Com o apoio do presidente Jailson Nascimento e apresentando-se como candidato do grupo de oposição, está o atual vice-presidente Dinho Gás. Há também, pelo menos, um outro nome na disputa. Da ala "jabista" na Câmara, Walmir de Inema, afirma que vai levar sua candidatura até o fim.
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