'New York Times' fez um vídeo poético sobre a torcida, mostrando toda a nação diante da TV em diversos lugares do Brasil no momento do primeiro gol de Neymar. Mídia tradicional insiste em politizar o evento
por Helena Sthephanowitz publicado 16/06/2014 13:29, última modificação 16/06/2014 13:35
RAFAEL RIBEIRO/CBF
O canal Eurosport do Yahoo diz: "Com apenas quatro dias, Copa no Brasil já caminha para ser a melhor de todos os tempos". A matéria elogia o alto número de gols, nenhum empate até agora, as estrelas das respectivas equipes estão se consagrando, as surpresas da Espanha goleada pela Holanda, e do Uruguai sofrer uma derrota para a Costa Rica, mas além disso tudo ainda passa a ideia da expressão "Se você não curtir uma Copa no Brasil ou é ruim da cabeça ou doente do pé" em um versão inglesa de dizer isto:
"Esqueça os campos de futebol das escolas públicas na Inglaterra, o Brasil é o lar espiritual real deste esporte. (...) Se você não pode se animar com a Copa do Mundo no Brasil você precisa verificar seu pulso".
No mesmo canal, em matéria sobre o primeiro jogo do Brasil, compara as desigualdades do Brasil à "Bela e a Fera", e faz uma metáfora com o gol contra de Marcelo aos protestos contra a conquista da Copa. A virada do jogo com a vitória brasileiro por 3 x 1 é comparada à mudança de ânimos da população após a Copa começar, ficando quase todos favoráveis.
O jornal New York Times fez um vídeo poético sobre a torcida, mostrando toda a nação diante da TV em diversos lugares do Brasil no momento do primeiro gol de Neymar. Desde militares acompanhando o jogo, passando por um abrigo de idosos, torcedores assistindo nos bares, praias, na fronteira, em Oiapoque etc.
Chefes de Estado ou de governo também comparecem ao Brasil. Além da presença na abertura da Copa de diversos presidentes latino-americanos, Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, mescla contatos de trabalho com assistir à primeira partida da seleção de seu país em Salvador. O mesmo faz o vice-presidente estadunidense Joe Biden.
Enquanto isso, a imprensa oligárquica e tradicional brasileira continua em sua bipolaridade, preservando seus interesses comerciais na cobertura da Copa, mas sempre procurando depreciar o evento por motivos político-eleitorais. O problema é que está cada vez mais difícil sustentar o complexo de vira-latas que querem propagar.
Do jeito que a coisa está indo, a "Copa das Copas" deixará de ser um slogan institucional para consolidar-se como um fato, pelo menos nas mentes do povo brasileiro, dos visitantes estrangeiros e da mídia estrangeira.
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