O que tem acontecido em algumas prefeituras deste país nos
últimos vinte anos pode-se resumir em duas palavras: Enfermidade e traição. Há
o gestor corrupto cleptomaníaco, que é aquele enfermo viciado por dinheiro.
Desvia o dinheiro do povo para a sua conta ou de laranjas, mesmo que não
necessite. Não precisa dele, mas quer sempre mais, e sua mente distorcida acha
que o dinheiro roubado lhe pertence. Vai para a cadeira, perde o mandato e a
carreira, mas não devolve, nem conta onde colocou. Quem quer o de volta que o
descubra! Acha-se dono dos milhões que desviou da saúde, da educação e da
licitação forjada para o seu cofre. Esses só os psiquiatras para dar um jeito.
Ou, uma verdadeira conversão como a do histórico Zaqueu, narrado por Lucas, que
se dispôs a dar metade dos seus bens aos pobres e, se tivesse culpa, devolveria
quatro vezes o dinheiro roubado.
Na outra ponta existe o gestor traidor do povo. Esse faz uso
de sua carreira, de seu cargo para locupletar seus amiguinhos e companheiros,
de sua família e irmãos, e enriquecer-se de maneira desmesurada. Normalmente
esse tipo político é lúcido, não tem nenhum desvio mental, não é cleptomaníaco,
sabe muito bem o que está fazendo e joga com suas próprias regras, porque para
ele o povo e a sociedade que se exploda. O Ministério Público e a Polícia
Federal que se vire para pegá-lo! Dificilmente esse elemento é preso, em face da
lentidão da justiça brasileira.
Esse tipo de gestor normalmente é boa praça, sorridente, tem
até cara de ‘puro’, porém, se puder roubar, rouba. Traficantes, ladrões de
carro e megaladrões do erário, só pensam apenas em si!
E o pior de tudo é que até mesmo gestores cleptomaníacos e
traidores da sociedade, se intitulam, na maioria das vezes, homens de fé,
sujeitos tementes a Deus, ratos de igreja, conhecedores da palavra e seguidores
do filho de Maria. Muitos roubam de dia e à noite na missa, se confessam
(mentindo) e ainda comungam, desejando a paz de Cristo. Têm gatunos que falam
até em línguas!
Para os políticos, especialmente católicos carregadores de
‘andor’, alguns documentos da Igreja são bem claros: “Os bens públicos são bens
coletivos e é pecado grave, gravíssimo contra Deus e o povo, alguém se apossar
do que não pode ser dele nem do seu grupo político. A ordenação dos bens, isto
é, o destino que se dá às riquezas de um país, cidade e do seu povo, não pode
nunca ser a conta bancária da camarilha que se apossou do poder”.
O verdadeiro cristão procura conhecer e praticar o
ensinamento de Deus e a doutrina da sua Igreja. O verdadeiro gestor sério sabe
muito bem que não pode desviar dinheiro público, dinheiro do povo,
principalmente verbas carimbadas da saúde (Saúde é um direito constitucional).
Malandros que desviam dinheiro público não passam de
traidores do povo e de Cristo.
Que os líderes católicos e evangélicos intensifiquem os
ensinamentos sagrados aos seus fiéis, àqueles que têm uma carinha de cordeiro,
mas que não passam de lobos famintos.
Elias Reis, editor do
Jornal do Radialista.
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