Ato com mais de 100 mil no Rio termina em tumulto
Em Belo Horizonte também houve repressão. Em Brasília, manifestantes ocuparam a rampa e o telhado do Congresso
por Redação RBA publicado 17/06/2013 21:35, última modificação 18/06/2013 01:51
São Paulo – Centenas de milhares de brasileiros foram hoje (18) às ruas para protestar contra a violência policial, o aumento das tarifas do transporte e o gasto de verba pública na organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. As marchas, que tiveram início após a repressão contra protestos no Rio de Janeiro e em São Paulo na última semana, ganharam força e a adesão de diferentes setores da sociedade.
Foram realizadas marchas em ao menos 11 capitais: Brasília, São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Belém, Fortaleza, Porto Alegre, Maceió e Vitória. Além disso, em cidades de porte médio, como Bauru e Juiz de Fora, também houve protestos.
No Rio, 100 mil pessoas marcharam pela Avenida Rio Branco, no Centro. A manifestação transcorreu de forma pacífica até por volta das 20h, mas acabou protagonizada por depredações e confrontos entre um grupo de participantes e a polícia.
Os distúrbios começaram em frente à Assembleia Legislativa, na Rua Primeiro de Março. Policiais militares tentaram dispersar manifestantes que teriam tentado invadi-la e estes reagiram com fogos de artifício e jogando pedras.
Acuados no local e em menor número, os policiais então usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Houve tumulto e correria na região da Assembleia, e alguns manifestantes quebraram vidraças de lojas e agências bancárias, enquanto outros picharam as pilastras do Palácio Tiradentes, sede do Legislativo estadual.
Na lateral do prédio, um carro foi incendiado. O Largo do Paço Imperial, que fica próximo, também foi palco de enfrentamentos.
Os lemas e palavras de ordem do protesto eram "Vem para a rua" e "O Brasil acordou". Os gritos dos manifestantes mostravam insatisfação com o prefeito da cidade, Eduardo Paes, o governador Sérgio Cabral, e com a Copa do Mundo no Brasil. Quando levantadas em meio aos participantes presentes na Rio Branco, bandeiras de partidos políticos foram vaiadas, e logo surgiu um coro de que "a única bandeira é do Brasil".
Os distúrbios começaram em frente à Assembleia Legislativa, na Rua Primeiro de Março. Policiais militares tentaram dispersar manifestantes que teriam tentado invadi-la e estes reagiram com fogos de artifício e jogando pedras.
Acuados no local e em menor número, os policiais então usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Houve tumulto e correria na região da Assembleia, e alguns manifestantes quebraram vidraças de lojas e agências bancárias, enquanto outros picharam as pilastras do Palácio Tiradentes, sede do Legislativo estadual.
Na lateral do prédio, um carro foi incendiado. O Largo do Paço Imperial, que fica próximo, também foi palco de enfrentamentos.
Os lemas e palavras de ordem do protesto eram "Vem para a rua" e "O Brasil acordou". Os gritos dos manifestantes mostravam insatisfação com o prefeito da cidade, Eduardo Paes, o governador Sérgio Cabral, e com a Copa do Mundo no Brasil. Quando levantadas em meio aos participantes presentes na Rio Branco, bandeiras de partidos políticos foram vaiadas, e logo surgiu um coro de que "a única bandeira é do Brasil".
Muitas pessoas levaram flores contra a violência e narizes de palhaço contra a hipocrisia. Houve quem fosse fantasiado, como o caso de um rapaz vestido de "bolha imobiliária".
A estudante Mariana Godois, de 19 anos, disse acreditar que o movimento transcende a insatisfação pelo aumento do preço do transporte público. "Lutamos contra esse absurdo dedinheiro que foi gasto em estádios para se exibir para quem está lá fora, sendo que o que o país precisa é saúde e educação. Os 'vinte centavos' (do aumento da passagem de ônibus) foram a gota d'água pra gente lutar pelo que acredita", disse a jovem à Agência EFE.
De terno escuro bem alinhado e gravata vermelha, o advogado João Tancredo, de 56 anos, aguardava imóvel enquanto um jovem pintava seu rosto com tinta verde. Ele negou a ideia de que este é um protesto de jovens e estudantes: "Não é uma questão de idade, é uma questão de cidadania. A polícia não precisa repreender, as pessoas sabem se organizar", declarou à EFE,acrescentando que "a repressão violenta que uniu o Brasil dessa forma".
De terno escuro bem alinhado e gravata vermelha, o advogado João Tancredo, de 56 anos, aguardava imóvel enquanto um jovem pintava seu rosto com tinta verde. Ele negou a ideia de que este é um protesto de jovens e estudantes: "Não é uma questão de idade, é uma questão de cidadania. A polícia não precisa repreender, as pessoas sabem se organizar", declarou à EFE,acrescentando que "a repressão violenta que uniu o Brasil dessa forma".
Congresso
Em Brasília, a manifestação reuniu 5 mil pessoas, mas os manifestantes ocuparam a rampa do Congresso Nacional e uma de suas cúpulas. Às 20h, um grupo da manifestação permanecia no gramado em frente ao Congresso pedindo aos demais que deixassem o prédio. Duas pessoas foram detidas na capital federal, mais cedo, ao burlar o bloqueio feito pela polícia.
Em Brasília, a manifestação reuniu 5 mil pessoas, mas os manifestantes ocuparam a rampa do Congresso Nacional e uma de suas cúpulas. Às 20h, um grupo da manifestação permanecia no gramado em frente ao Congresso pedindo aos demais que deixassem o prédio. Duas pessoas foram detidas na capital federal, mais cedo, ao burlar o bloqueio feito pela polícia.
O estudante Wellington Fontenelle, um dos organizadores do protesto, disse que a intenção da manifestação não era invadir a sede do Legislativo, mas se concentrar apenas no gramado em frente ao Congresso. Ele disse que ainda que o movimento não representa o grupo que ocupa da rampa e a cúpula. O protesto foi organizado pelas redes sociais, principalmente pelo Facebook.
Belo Horizonte
Na capital mineira, houve confronto na manifestação contra o preço dos transportes públicos, os gastos públicos e as copas das Confederações e do Mundo. O número de manifestantes foi estimado em 30 mil. A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) disparou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que se agrupavam na Avenida Antônio Carlos, perto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Na capital mineira, houve confronto na manifestação contra o preço dos transportes públicos, os gastos públicos e as copas das Confederações e do Mundo. O número de manifestantes foi estimado em 30 mil. A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) disparou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que se agrupavam na Avenida Antônio Carlos, perto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A marcha teve início na Praça Sete, no centro da cidade, e o confronto entre policiais e manifestantes começou pouco depois das 17h.
Segundo informações divulgadas pelo Facebook, depois que a PM começou a repressão os manifestantes revidaram arremessando pedras e colocando fogo em alguns objetos na avenida. Há relatos de feridos. O motivo do conflito também não foi esclarecido.
Com Agência Brasil e EFE
Com Agência Brasil e EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário