Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi convidado hoje
(12) para prestar esclarecimentos sobre suposto esquema de corrupção,
que teria sido montado durante o seu governo, destinado a abastecer os
caixas de campanha de candidatos do PSDB. Na ocasião, o episódio que
caracterizaria lavagem de dinheiro foi conhecido como Lista de Furnas. O
convite foi aprovado pela Comissão Mista de Controle das Atividades de
Inteligência, a pedido do líder da Maioria na Câmara, Jilmar Tatto
(PT-SP).
Os senadores e deputados da comissão rejeitaram três requerimentos
para integrantes do atual governo prestarem esclarecimentos sobre o
suposto esquema de corrupção investigado na Operação Porto Seguro da
Polícia Federal. A oposição apresentou requerimentos de convocação da
ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; do advogado-geral da
União, Luís Inácio Adams; e da ex-chefe de gabinete do escritório da
Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha. Ela é
investigada por possível envolvimento no esquema criminoso.
O presidente da comissão, Fernando Collor, colocou em votação convite
ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, para que compareça à
comissão. O requerimento aprovado pede que Gurgel dê explicações sobre a
“confluência das atividades de inteligência com o papel do Ministério
Público e da Polícia Federal”. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional, José Elito Siqueira, e o diretor-geral da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, poderão comparecer ao
Congresso. Eles foram convidados a explicar denúncias de que
funcionários da agência estariam espionando a própria Abin.
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