segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ex-presidente do PP é condenado a mais de nove anos de prisão por mensalão


Ex-deputado Pedro Corrêa, que deve cumprir pena em regime fechado


O ex-deputado e ex-presidente do PP Pedro Corrêa (PE) foi condenado nesta segunda-feira (26) a penas que, somadas, chegam a 9 anos e 5 meses pelos três crimes cometidos no mensalão, além de R$ 1,132 milhão em multas.

Pelo Código Penal, ele terá que cumprir inicialmente sua pena em regime fechado.

A pena imposta a ele pela condenação por formação de quadrilha foi de 2 anos e 3 meses. Pelo crime de corrupção passiva, pelo fato de ter recebido dinheiro do mensalão em troca de apoio parlamentar no início do governo Lula, ele foi punido com 2 anos e 6 meses, além de multa de R$ 456 mil. Por lavagem de dinheiro, ele recebeu 4 anos e 8 meses, mais multa de R$ 676 mil.




Segundo a Procuradoria, como presidente do PP na época, ele participou das negociações que levaram ao repasse de pelo menos R$ 3 milhões do valerioduto e ao uso da corretora Bônus Banval para distribuir o dinheiro.

O ministro Celso de Mello sugeriu que os ministros discutissem se houve uma "confissão espontânea ainda que parcial" de sua participação no esquema, o que poderia diminuir a pena.
O relator e presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, rejeitou a ideia. "Com exceção do Roberto Jefferson, nenhum réu confessou. Todos admitiram o recebimento de somas milionárias, mas deram ao recebimento de outra causa [caixa dois]", disse.

Os ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes também não reconheceram confissão nos depoimentos dos réus.
Celso de Mello disse que foi convencido pelos colegas de que não houve a confissão espontânea.
Corrêa admitiu ter recebido apenas R$ 700 mil para ajudar o ex-deputado Ronivon Santiago (AC) a pagar advogados.

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