quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Deputado Valmir, coordenador do Núcleo Agrário do PT, quer punição para ex-presidente da UDR, Marcos Prochet, acusado de matar Sem Terra no Paraná.

Neste dia 28/11, em Curitiba, um júri popular condenou dois acusados de participação no assassinato do trabalhador sem-terra Sebastião Camargo, em 1998, durante um despejo ilegal na cidade de Marilena, no Noroeste do Paraná. 

Osnir Sanches foi condenado a 13 anos de prisão por homicídio qualificado e constituição de empresa de segurança privada, utilizada para recrutar jagunços e executar despejos ilegais. O outro acusado, Teissin Tina, ex-proprietário da fazenda Boa Sorte, lugar do assassinato do trabalhador rural, recebeu condenação a seis anos de prisão por homicídio simples.

No entanto, para o coordenador do Núcleo Agrário do PT, deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), a justiça ainda não está completa. “Os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade ainda e o principal mandante, o ex-presidente da União Democrática Ruralista, Marcos Prochet, além de Augusto Barbosa da Costa, integrante da milícia organizada e financiada pela UDR ainda não foram julgados. Ambos apresentaram substituição de advogados às vésperas do júri e alegaram necessidade de mais tempo para se preparar para o julgamento, ou seja, uma nítida manobra para escapar da punição”, explicou.

Segundo o deputado petista, mesmo com o adiamento do julgamento de Prochet, as condenações já proferidas podem ser consideradas uma vitória dos trabalhadores brasileiros. Valmir ainda lembrou que, em janeiro de 2013, está marcado o julgamento de Adriano Chafik, réu confesso do massacre de Felisburgo, em Minas Gerais.

“A truculência do latifúndio, com a formação de milícias armadas sob a justificativa da defesa da propriedade privada a qualquer custo não cabe dentro da democracia brasileira, muito menos na nossa Constituição que diz que a propriedade tem que ter uma função social”, disse.

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