A presidente Dilma Rousseff anunciou a educação como prioridade de seu segundo mandato, ao tomar posse nesta quinta-feira (1º), no Plenário da Câmara dos Deputados, para mais quatro anos no Palácio do Planalto. Em seu primeiro pronunciamento após ser declarada empossada pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros, ela informou que o lema de seu novo governo será "Brasil, pátria educadora".
— Será a prioridade das prioridades – afirmou Dilma, ressaltando ainda que “só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero”.
A presidente atribuiu sua reeleição à aprovação popular ao projeto de governo do Partido dos Trabalhadores e reafirmou seu compromisso com avanços sociais.
Conforme lembrou Dilma, além de sua determinação política de priorizar a educação, os investimentos no setor serão reforçados com recursos de royalties da exploração de petróleo no pré-sal.
Em pronunciamento de quase 45 minutos, marcado por referências ao compromisso de seu partido e da base aliada com a superação da pobreza e a inclusão social, Dilma destacou avanços nas condições de vida da população, no fortalecimento das instituições e no combate à corrupção.
Confiante na capacidade do país em transpor obstáculos ao seu desenvolvimento, a presidente pediu à sociedade paciência, coragem e persistência.
— Ao invés de simplesmente garantir o mínimo necessário, temos agora que lutar para oferecer o máximo possível.
Descontração
Antes da solenidade de posse, no início de uma tarde quente e ensolarada em Brasília, Dilma foi recebida por militantes de todo o país que lotaram a Esplanada dos Ministérios. A presidente chegou às 15h à Catedral Metropolitana de Brasília, dez minutos após deixar a residência oficial da Presidência.
Sorridente e descontraída, acenou à população durante o trajeto de oito minutos que fez em carro aberto, ao lado da filha, Paula Rousseff Araújo, até o Congresso Nacional. O vice-presidente Michel Temer e sua esposa, Marcela Temer, seguiram em carro oficial logo atrás, acompanhados pela cavalaria da Guarda Presidencial e a escolta presidencial de motociclistas.
Ao chegar ao Congresso, Dilma e Temer foram recebidos no alto da rampa pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. Já dentro do prédio, no Salão Negro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, aguardava os eleitos e com eles seguiu até o Plenário da Câmara, para a sessão solene.
Por todo o caminho, Dilma e Temer eram cumprimentados por parlamentares, governadores e demais autoridades que prestigiaram a cerimônia de posse. Já no Plenário, Renan abriu os trabalhos com a execução do Hino Nacional, pela Banda dos Fuzileiros Navais, o que foi uma novidade dessa cerimônia, já que o hino era celebrado no meio da sessão, em posses presidenciais anteriores.
A presidente e seu vice proferiram então o compromisso constitucional: “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”.
Com isso, o presidente do Congresso fez a declaração de posse dos eleitos, e o terceiro secretário da Mesa, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), leu o termo de posse, que foi assinado pelos eleitos e pelos membros da Mesa.
Antes de encerrar a sessão solene, em breve pronunciamento, Renan Calheiros destacou a importância da reeleição de Dilma para a consolidação da democracia e apontou a necessidade de realização de reformas aguardadas pela população, como a reforma política.
Concluídos os trabalhos, Dilma Rousseff e Michel Temer seguiram para o Palácio do Planalto. Em frente à praça onde a população esperava por ela, a própria presidente colocou a faixa presidencial, entregue pelo cerimonial, e foi até o parlatório, de onde reafirmou seu compromisso com o projeto do PT.
— Assumo esse mandato com uma certeza: nós estamos juntos com a dignidade, de pé, e com a força da imensa fé que temos no povo desse país.
Agência Senado
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