quarta-feira, 29 de outubro de 2014

DEM morreu. ACM Neto marca o enterro!

Por Altamiro Borges

O senador Agripino Maia, presidente do DEM, levou uma surra no Rio Grande do Norte, mas continua rosnando valentia. Ele esbraveja que “não dará paz à presidenta Dilma”. É pura bravata. Sua legenda morreu nestas eleições e os demos rumam para o inferno – isto se o capeta permitir o ingresso. A única liderança que ainda sobrou neste partido moribundo, ACM Neto, prefeito de Salvador (BA), já anunciou que ele será extinto no próximo ano. Vale conferir o relato do jornalista Ilimar Franco, do insuspeito jornal O Globo, um dia antes do segundo turno:

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O DEM vai acabar

A cúpula do DEM vai acabar com o partido. Seus dirigentes avaliam, independentemente do resultado da eleição, que essa é a única maneira de sobreviver. Eles pretendem abrir negociação com dez partidos nanicos, que abrigam 24 deputados, para criar nova legenda. O DEM elegeu 22 deputados, e seus líderes imaginam chegar a 50. Esse caminho não é unânime. Há os que defendem se entregar nos braços do PSDB. “O DEM não vai mais existir como tal. Se Aécio ganhar, faremos uma fusão para crescer. Se Aécio perder, faremos uma fusão para sobreviver”, afirma Antônio Carlos Magalhães Neto, prefeito de Salvador (BA).


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Os demos não conseguiram capitalizar a forte onda conservadora do primeiro turno, que deu um perfil mais reacionário ao Congresso Nacional. Os “novos” direitistas preferiram se abrigar em outras siglas, temendo a desgaste do DEM, num processo de pulverização da sua representação. A legenda da velha oligarquia, que já teve mais de 100 deputados federais no passado, elegeu apenas 22 neste ano. Em 2010, os demos conquistaram dois governos estaduais – em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte. O catarinense Raimundo Colombo logo abandonou o DEM, no racha liderado por Gilberto Kassab. A potiguar Rosalba Ciarlini, totalmente desmoralizada, foi abandonada pelo seu próprio partido e nem disputou a sucessão.

Os demos apostaram todas as suas fichas num único Estado em 2014, a Bahia, com a candidatura decrépita do ex-governador Paulo Souto. Mas os baianos rejeitaram o capeta, os institutos de pesquisa e a mídia monopolista e elegeram o petista Rui Costa com 54% dos votos. O DEM agora prepara o funeral – uma vitória da democracia brasileira!


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