Brasília - O governo brasileiro decidiu aumentar a restrição sobre a
importação de calçados da China. A partir de agora, irá sobretaxar
também a importação de partes e peças de calçados chineses, de acordo
com resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicada hoje (4) no Diário Oficial da União. Antes, as restrições tratavam apenas de calçados chineses prontos e agora incluem também cabedais (parte superior) e solas.
O Brasil já aplica o direito antidumping definitivo para as importações de calçados da China, com sobretaxa de US$ 13,85 a cada par. Mas, a pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), decidiu também abrir investigação, em outubro de 2011, para apurar irregularidades na importação de partes e peças chinesas.
Segundo o MDIC, foi constatado que houve importação dessas partes e
peças para confecção de calçados correspondente a mais de 60% da
matéria-prima utilizada na fabricação desses produtos no mercado
doméstico brasileiro.
Essa não é a primeira medida anticircunvenção aplicada pelo governo
para proteger a indústria nacional. Em fevereiro passado, foi estendida a
aplicação de direito antidumping às importações de cobertores
de fibras sintéticas originários do Paraguai e Uruguai. Com isso, o
objetivo foi evitar que produtos originários da China, que já sofria a
restrição, entrassem no Brasil por esses países.
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