sábado, 29 de novembro de 2014

Reforma da Central de Abastecimento da Urbis e adiada


Em reunião realizada na última quarta-feira (26) com a presença do Promotor Público Dr. Paulo Eduardo, o secretaria do meio ambiente Antonio Vieira, o secretario de industria e comercio Roberto Garcia, vereador Roque do Sesp, representante da Coelba, o presidente da Associação de Moradores do Hernani Sá Adilson Conceição, comerciantes e feirantes. Ficou decidido o inicio da reforma para 1º de fevereiro 2015. O adiamento da reforma era uma reivindicação dos comerciantes e feirantes.


A reforma da Central de abastecimento da Urbis estava prevista para iniciar no dia 24 de novembro.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Definido a forma de funcionamento da Central do Hernani Sá durante a reforma

Em reunião na tarde desta terça-feira, dia 18, foram definidas as estratégias para a permanência do funcionamento do comércio na Central de Abastecimento do Hernani Sá, zona sul de Ilhéus, durante o período das reforma, programada para iniciar na próxima segunda-feira, dia 24.  A ação resulta da parceria entre a Prefeitura Municipal com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), proposta pelo prefeito Jabes Ribeiro, e consiste na substituição do telhado do equipamento, pintura dos boxes na cor branca, requalificação dos banheiros, além de revisão de toda a rede elétrica.
Participaram do encontro com os comerciantes, o secretário de Indústria e Comércio, Roberto Garcia, fiscais de postura da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Sema), agentes da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), além de representantes do Balcão do Empreendedor, para cadastramento dos negociantes.  Conforme informou Garcia, a determinação do governo é transformar a central do Hernani Sá em um modelo de local voltado para o comércio popular.
Para isso, o titular da Secretaria de Indústria e Comércio (Sedic) explicou que serão tomadas algumas medidas de austeridades para fazer cumprir as normas que regulamentam este tipo de estrutura.  Caberá aos fiscais de postura, por exemplo, observar e notificar as construções irregulares bem como averiguar o exercício da atividade de acordo com o cadastramento; já a vigilância Sanitária deverá verificar as condições de armazenamento e manipulação de alimentos.
Também participaram da reunião, representantes da Polícia Militar que comunicaram sobre o reforço da segurança do local durante o período da reforma. Roberto Garcia comentou que até o próximo domingo, dia 23, todos os boxes devem estar vazios para o início da reforma. Os trabalhos serão executados pela empresa Macrofast, contratada pela Coelba. Durante os 45 dias das obras, os comerciantes vão atuar em estrutura provisória montada no campo de futebol ao lado da Central de Abastecimento e no estacionamento do local.
Informações JBO

Empresario tucano diz que "nunca se roubou tão pouco no Brasil"

"Não sendo petista, e sim tucano, sinto-me à vontade para constatar... ". O texto mais lido e comentado de hoje no meio político e econômico é o do empresário tucano que admite que os roubos de agora são 'irrisórios' perto do que acontecia antes e não era investigado

ricardo semler nunca roubou tão pouco
Ricardo Semler é empresário, advogado e administrador de empresas, formado pela universidade norte-americana de Harvard. Na política, se diz orgulhoso de ser tucano, com ficha ‘assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC’ (divulgação)
“Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia”. A observação é do empresário Ricardo Frank Semler, 55, tucano desde a fundação do PSDB, chefe-executivo (CEO) e sócio majoritário da empresa Semco S/A, empresa brasileira reconhecida, internacionalmente, pela reengenharia corporativa e a implementação dos conceitos da democracia industrial que lhe valeram o destaque ao redor do mundo. Sob sua gestão, os rendimentos da indústria cresceram de US$ 4 milhões, em 1982, para US$ 212 milhões em 2003. Em artigo publicado na edição desta sexta-feira da Folha de S. Paulo, no qual mantém uma coluna semanal, o empresário, advogado e administrador de empresas formado pela universidade norte-americana de Harvard não poupa críticas à sociedade brasileira.
Intitulado Nunca se roubou tão pouco, Semler inicia o texto com a certeza que “não sendo petista, e sim tucano”, sente-se à vontade para constatar que “essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país”.
Leia, a seguir, a íntegra do artigo:
Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.
Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.
Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos “cochons des dix pour cent“, os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.
Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão – cem vezes mais do que o caso Petrobras – pelos empresários?
Virou moda fugir disso tudo para Miami, mas é justamente a turma de Miami que compra lá com dinheiro sonegado daqui. Que fingimento é esse?
Vejo as pessoas vociferarem contra os nordestinos que garantiram a vitória da presidente Dilma Rousseff. Garantir renda para quem sempre foi preterido no desenvolvimento deveria ser motivo de princípio e de orgulho para um bom brasileiro. Tanto faz o partido.
Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país.
É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a Polícia Federal teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.
Votei pelo fim de um longo ciclo do PT, porque Dilma e o partido dela enfiaram os pés pelas mãos em termos de postura, aceite do sistema corrupto e políticas econômicas.
Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.
A coisa não para na Petrobras. Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.
O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.
É lógico que a defesa desses executivos presos vão entrar novamente com habeas corpus, vários deles serão soltos, mas o susto e o passo à frente está dado. Daqui não se volta atrás como país.
A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento.
Boa parte sempre foi gasta com os partidos que se alugam por dinheiro vivo, e votos que são comprados no Congresso há décadas. E são os grandes partidos que os brasileiros reconduzem desde sempre.
Cada um de nós tem um dedão na lama. Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?
Deixemos de cinismo. O antídoto contra esse veneno sistêmico é homeopático. Deixemos instalar o processo de cura, que é do país, e não de um partido.
O lodo desse veneno pode ser diluído, sim, com muita determinação e serenidade, e sem arroubos de vergonha ou repugnância cínicas. Não sejamos o volume morto, não permitamos que o barro triunfe novamente. Ninguém precisa ser alertado, cada de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar.
Correio do Brasil

Oscar é vaiado em palestra após grosserias e público abandona evento

Estudantes que participaram da palestra de Oscar Schmidt em Pernambuco ficaram indignados após insultos, humilhações e grosserias por parte do ex-atleta. Mais de 500 abandonaram o evento. Faculdade pediu desculpas aos alunos que pagaram para assistir a palestra

palestra oscar caruaru pernambuco
Palestra de Oscar em Caruaru (PE) termina em xingamentos, vaias e abandono em massa
Oscar Schmidt, ex-jogador de basquete participou de uma palestra para os alunos da rede universitária Fadire na cidade de Carurau, Agreste de Pernambuco, no último domingo. Porém, os estudantes da instituição não ficaram satisfeitos com o comportamento do atleta e utilizaram as redes sociais para reclamar das atitudes grosseiras de Schmidt, que criticou o público e a organização do evento.
Segundo Eliaquim Oliveira, mediador do evento, os problemas começaram antes mesmo do início da palestra. Ele diz que Oscar chegou atrasado ao shopping onde estava sendo realizado o evento e se irritou quando seu computador não apresentou conexão com o aparelho para exibição de slides disponibilizados pela faculdade. Ele também se recusou, ainda conforme Oliveira, a disponibilizar o material em um pen drive alegando se tratar de conteúdo particular.

Estudantes

De acordo com Marcos Ferreira, aluno de educação física, que esteve na palestra, o ex-jogador foi “grosseiro com o público” e não estaria preparado para realizar palestras. “Nós tivemos que passar por momentos constrangedores. Ele começou a falar vários palavrões desnecessários, foi mal educado com as pessoas. As pessoas que foram para admirar e ouvir a história dele começaram a vaiar. Ninguém estava acreditando naquilo. Mais de 500 pessoas abandonaram a palestra antes da metade”.
Ainda segundo Marcos, Oscar começou a ficar irritado por causa de uma falha no sistema de som do evento. “O microfone sem fio dele estava dando interferência e ficava fazendo um barulho. Ofereceram outro microfone para ele, mas ele disse que não usava aquele tipo porque era microfone de amador. Enfim, eu fui ver um exemplo, esperando levar ensinamentos para minha vida profissional, e saí com uma sensação terrível. Ele disse que sairia com uma má impressão de Caruaru, mas ele que destruiu tudo que nós pensávamos sobre o atleta”.
A estudante de Letras Cybeli Oliveira também reclamou da condução da palestra em um texto publicado no Facebook. Segundo ela, “a palestra foi uma total baixaria, chamou vários palavrões, insultou e humilhou a plateia em todos os momentos, reclamava o tempo todo com as pessoas que estavam tirando fotos dele dizendo que estava ali para contar a história dele e não para ser fotografado, pois quem quisesse tirar foto dele poderia ir embora. […] Enfim, só presenciei apenas 15 min de palestra, pois eu e mais centenas de pessoas nos retiramos dali, pois esses poucos minutos foram o suficiente para transformar aquele momento de satisfação e de aprendizado em ódio. Pois em minutos aquele tão desejado palestrante nos mostrou pessoalmente o seu lado mal educado,torpe, grosso, sem escrúpulos”.
“São mais de 2 metros de puro desrespeito, cara ignorante. Ele achava que estava dando palestra para os amigos de boteco dele. Na palestra havia pessoas boas, atrás de um bom conteúdo”, disse Adeildo Silvin.
A atitude do Mão Santa deixou chateada Pollyanna Lima, coordenadora distrital da Faculdade Favire. “Fiquei passada com a atitude dele. Pensei que teria um infarto. Fizemos tudo que ele pediu, trocamos apassagem aérea duas vezes, mudamos a data da palestra, que estava marcada anteriormente para o dia 23. Recebemos ele com todo o carinho e aconteceu isso. Os alunos tentaram ajudar quando deu o problema, mas ele não quis. Nunca mais pretendemos chamá-lo”, afirmou.

Valores

A faculdade emitiu nota pedindo desculpas aos alunos que pagaram para assistir à palestra e lamentando o comportamento do ex-jogador.
O valor cobrado para assistir ao evento variou entre R$ 60 e R$ 70. Para fazer a palestra, Oscar recebeu um cachê de R$ 40 mil, mas a direção da faculdade estima gastos de R$ 80 mil com locação de espaço, publicidade e as demais despesas com o ex-jogador, como passagens aéreas, alimentação e transporte.
O ex-jogador não foi encontrado para comentar o assunto. A mulher e secretária do ex-atleta, Maria Cristina Victorino Schmidt, afirmou não querer se manifestar sobre o assunto
informações de NE10 e IG Pernambuco

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

12 mil pedem Reforma Política e protestam contra a direita na Av. Paulista

Manifestantes protestam “contra a direita atrasada” que foi às ruas pedir intervenção militar no Brasil e reivindicam reformas estruturais como urbana, agrária, tributária, além de uma constituinte para a reforma política. Ato ocorreu sob forte chuva

ato reforma política avenida paulista
Marcha “contra a direita” e por “reformas populares” reuniu cerca de 12 mil na Avenida Paulista. Ato ocorreu sob forte chuva (Foto: Mídia Ninja)
A “Marcha popular pelas reformas: contra a direita, por direitos”, realizada na noite desta quinta-feira em São Paulo, é uma resposta da esquerda aos manifestantes que, seis dias após a reeleição de Dilma Rousseff (PT), foram às ruas pedir o impeachment da presidente e defender a necessidade de uma “intervenção militar” no País.
De acordo com policiais militares que acompanharam o ato, cerca de 12 mil pessoas participaram. Os organizadores estimaram em 15 mil. Já o protesto realizado por eleitores do candidato derrotado à presidência Aécio Neves (PSDB) reuniu cerca de 2,5 mil pessoas no último dia primeiro de novembro (informações da Polícia Militar).
Sob chuva forte, o ato começou por volta das 17h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). “Tem uma ‘playboyzada’ aí dos Jardins que, porque o ‘titio’ Aécio [Neves] perdeu a eleição, ficaram ‘bravinhos’ e foram para a rua contra o povo. Se lá na marcha deles tem elite, que não gosto do povo, aqui tem povo trabalhador, aqui tem negro, aqui tem nordestino, aqui está o povo brasileiro”, gritou o líder do MTST, Guilherme Boulos de cima do caminhão de som, antes de a passeata começar. Era uma referência ao ato do último dia primeiro de novembro, que reuniu 2,5 mil pessoas no mesmo local para pedir a queda da presidenta Dilma Rousseff por impeachment ou por meio de um golpe militar.
De acordo com o líder do MTST, um dos objetivos era justamente “fazer o enfrentamento contra a direita atrasada”: “Eles têm ido às ruas nos últimos meses defender posições inaceitáveis para maioria do povo brasileiro. Defender não só intervenção militar e impeachment, como também semear ódio aos pobres, o racismo e a homofobia. Isso não pode ser admitido. Essa marcha vem para fazer contraponto e mostrar que se os golpistas do Jardins estão colocando mil pessoas nas ruas, nós vamos pôr 15 mil só para começar”.

Reformas

O segundo propósito da manifestação desta quinta-feira, ainda segundo o líder do MTST, é “pautar reformas populares no Brasil”: reforma política; reforma urbana e agrária; reforma tributária progressiva; democratização das comunicações; e desmilitarização da polícia. De acordo com Boulos, os manifestantes querem mostrar à presidente Dilma que ela tem todo o apoio para seguir adiante com as reformas – e, ao mesmo tempo, que encontrará os movimentos mobilizados caso não siga com suas promessas.
Presente na passeata, a ex-deputada federal do PSOL Luciana Genro, que disputou a Presidência em outubro, minimizou a representatividade do discurso de extrema direita: “Eu acho que a manifestação que ocorreu aqui dias atrás não tem força, não tem representatividade social. Mas é evidente que a direita existe no Brasil e ela se expressa, por exemplo, no massacre que a polícia e as milícias promovem semanalmente na periferia das grandes cidades”.
Dos Jardins, a passeata seguiu pela rua Consolação até o centro da cidade, na Praça Roosevelt. Após quase três horas de caminhada embaixo da chuva, o MTST encerrou o ato. No discurso final, Boulos deixou um recado para Dilma. “Nós não vamos permitir que a presidenta não faça as reformas que prometeu e não governe para os trabalhadores”.
Segundo a PM, não foram registradas ocorrências no ato.
Terra e CartaCapital

Repórter é agredida em marcha pelo golpe no último sábado

Vídeo mostra momento em que a premiada repórter fotográfica Marlene Bergamo, bicampeã do Troféu Mulher Imprensa, é covardemente agredida por manifestantes que pediam o impeachment de Dilma na avenida Paulista no último sábado

marlene bergamo agredida são paulo
Marlene Bergamo é agredida por manifestante durante ato contra Dilma em São Paulo (reprodução)
A premiada repórter fotográfica Marlene Bergamo, da Folha de S.Paulo, foi agredida no último sábado (15) durante a marcha fundamentalista que pediu o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). Grupos que participaram do ato também conclamaram por uma intervenção militar.
Marlene divulgou em sua página no Facebook o vídeo que fazia enquanto foi atacada. De acordo com a repórter, os manifestantes atacavam pessoas que não concordavam com eles.
“Vício de profissão, liguei a câmera do celular. Aqui, um pouco da alma desses brasileiros”, escreveu. Em uma das imagens publicadas, é possível ver um rapaz com um soco inglês se aproximando dela. Marlene também relata que cuspiram no rosto de seu colega, o repórter Marcelo Zelic, vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais-SP e coordenador do Projeto Armazém Memória.
O repórter Marcelo Zelic, vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais-SP e coordenador do Projeto Armazém Memória, também foi agredido e recebeu uma cuspida na cara.

Revolta

Maristella Bergamo, irmã de Marlene, publicou no Facebook uma nota de repúdio sobre o incidente. “Minha irmã Marlene Bergamo fazendo o trabalho dela ganha tapas de um imbecil. Escolha seu partido, sua ideologia… mas antes escolha ser Homem, delinquente”, disse.
Também na rede social, o repórter Bruno Paes Manso comentou o ocorrido. “Marlene Bergamo praticando Holistic Journalism em intervalo da Rebelião Jornalística da Ponte na manifestação pelo impeachment quando de repente surge das profundezas um skinhead com um democrático soco-inglês na mão para agredi-la”, escreveu.

Impeachment e ditadura

Entre 5 mil e 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), concentraram-se em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) onde fecharam todos os sentidos da Avenida Paulista.
Em sua maioria, os manifestantes vestiram camisas nas cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando “fora PT”. A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em direção a Praça da Sé.
Alguns trios elétricos se posicionaram em frente ao Masp e dividiram os manifestantes. A maioria defendia a ditadura militar enquanto outro grupo exigia apenas o impeachment de Dilma.

Vice-presidente do Grupo A Tarde é assaltada em Paris

Vice-presidente do Grupo A Tarde é assaltada em Paris
Vera Simões (à dir.) foi assaltada em Paris | Foto: Reprodução / Hildegard Angel
A socialite baiana Vera Simões Bainville sofreu um assalto em Paris, no último fim de semana, quando passava pelo subúrbio de Saint Denis em direção ao aeroporto Charles de Gaule. Vera Simões é a vice-presidente do holding editorial Grupo A Tarde e, segundo a matéria do jornal Tribuna da Bahia, viu um homem quebrar o vidro do carro com o cano de um revólver e levar a bolsa com todos os documentos, incluindo o passaporte. De acordo com a colunista Lu Lacerda, do IG, Vera Simões teve que embarcar sem o passaporte. A empresária teve que procurar a embaixada brasileira para embarcar sem o passaporte. Vera, que mora no Rio de Janeiro e tem endereço residencial também em Paris, chegou à capital carioca e mostrou que não ficou traumatizada. "Parece que estou chegando na Bahia, ninguém me fala ou pede nada", disse, bem humorada.

Informações do Bahianoticias

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Greve é suspensa na Cargill, mas mobilização continua

Após 24 horas de greve e dezoito horas de máquinas desligadas, decisão judicial leva trabalhadores da cargill Cacau localizada no distrito industrial de Ilhéus a suspender a paralisação. A empresa entrou com dissídio coletivo no tribunal regional do trabalho, que determinou, através de liminar, a necessidade de trinta por cento dos trabalhadores voltarem ao trabalho. Mesmo considerando tal decisão injusta, Sindicacau e trabalhadores decidiram suspender a greve e aguardar a decisão final da justiça, mantendo mobilizações até lá.

Os trabalhadores reivindicam o fechamento do acordo coletivo 2014/2015 com reajuste de 8%, piso salarial de R$ 1030,00 e Ticket Alimentação de R$ 650,00.



quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Cinco perguntas ajudam a entender a rejeição dos poderosos ao Plebiscito

Basta ler as 5 para compreender por que a mídia e os conservadores rejeitam a Reforma Política, a Constituinte e mesmo a consulta aos eleitores

Antonio Martins, OutrasPalavras
O sociólogo Manuel Castells costuma dizer que o principal instrumento de manipulação usado pelas mídias de massa não é a distorção, mas o ocultamento dos fatos. Ele se deliciaria com as primeiras páginas de hoje dos três jornais brasileiros mais vendidos.
plebiscito congresso reforma política
Congresso, mídia e empresários ignoraram clamor popular por Reforma Política. Primeira etapa da reforma, que seria o Plebiscito, foi rejeitada pelos parlamentarescom o aval da grande imprensa e de setores financeiros.
Reforma PolíticaPlebiscito e Constituinte são, obviamente, as três principais novidades na agenda nacional. Dialogam diretamente com algo que se sente todos os dias, e que as ruas expressaram com clareza, nas últimas semanas: o descrédito do sistema político. Pois bem: nas capas das últimas semanas da Folha, do Estado e do Globo, estas três palavras perigosas estão literalmente banidas. Desapareceram não só da manchete e demais títulos, mas também dos textos. Comparecem, é claro, nas páginas internas, muito menos lidas. Aí são tratados como “descabelada proposta” (editorial do Estado), “proposta impraticável” (artigo de José Serra no mesmo jornal), “cheque em branco” (opinião do ministro da STF Ayres Britto, destacada pelo Globo) ou “populismo danoso” (texto do diretor da sucursal de Brasília da Folha). Exceção que confirma a regra: este último jornal publicou importante artigo de Tarso Genro a favor da Constituinte.
Leia também
Para compreender ainda melhor por que os poderosos temem o plebiscito, vale um exercício. Vamos examinar algumas das perguntas que poderiam ser apresentadas aos eleitores. Eis, apenas para alimentar o instrutivo debate, algumas sugestões:
Cinco perguntas perigosas ao povo:
1. Você concorda que as empresas devem ser proibidas de financiar políticos e partidos?
2. Você considera que a Lei 9.709 deve ser alterada, de modo a facilitar a convocação de Plebiscitos e Referendos (inclusive por iniciativa dos cidadãos), e a ampliar os mecanismos de democracia direta, inclusive por meio da Internet?
3. Você é a favor de limitar as reeleições, para todos os postos dos poderes Executivo e Legislativo a dois mandatos?
4. Você considera que as eleições brasileiras, para os poderes Executivo e Legislativo, devem admitir candidaturas de pessoas não ligadas a partidos políticos?
5. Você concorda com a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte voltada para a reforma do sistema político?

7º Bingo do Boi do Hernani Sá


Aula de História para criança de 6 anos

Sobre democracia: como uma mãe explicaria para a sua filha o sentido de se protestar em defesa da instauração de uma intervenção militar (e de como crianças de 6 anos são mais sábias que adultos golpistas)

impeachment dilma protesto intervenção militar
Líderes do PSDB, Geraldo Alckmin e Aécio Neves se posicionaram contra manifestantes que pediram “impeachment” de Dilma (Imagem: Pragmatismo Político)
Kika Castro, em seu blog
– Mamãe, por que esse povo todo tá gritando?
– Eles querem que a presidente que foi eleita na semana passada saia e o candidato que perdeu entre no lugar dela.
– Uai, mas se ele perdeu, não pode ganhar, né?
– Não pode mesmo, filhinha. Quando a gente joga um jogo e você perde, tem que aceitar. Tentar ganhar no próximo jogo. Se você força a barra pra ganhar de qualquer jeito, tá roubando.
– Então esse povo aí quer roubar no jogo?
– Mais ou menos isso… Eles pedem até que o Exército ajude a tirar a presidente eleita, pro candidato que perdeu entrar no lugar dela.
– Os soldados?!
– É. Isso a gente chama de “golpe”. Aconteceu isso uma vez, há 50 anos atrás, exatamente. Tinha um presidente eleito chamado Jango. Bom, na verdade, ele era vice-presidente, mas na época os vices também eram eleitos, separadamente, sabe? Aí, quando o presidente renunciou (quis deixar o cargo, por livre e espontânea vontade), o Jango virou presidente. Depois de um tempo, acusado de ser comunista (não vou te explicar o que é isso agora, filhinha), ele foi tirado do poder pelos “soldados”. Antes disso, tinha um povo, igual esses aí, que ficava fazendo marchas pela cidade, que eles chamavam de Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Ficavam falando que o presidente era comunista, que o Brasil ia virar Cuba, que o governo não respeitava os “valores da família” etc. E pediam ajuda ao Exército para tirar o presidente na marra.
– E ele foi tirado?
– Foi. Os caras do Exército começaram a governar o país no lugar dele, e proibiram as eleições, o povo não pôde mais escolher quem governaria o país. E aí começou o que a gente chama de ditadura militar. Foi um período ruim no nosso país e demorou 21 longos anos. As pessoas eram presas, e eles machucavam elas de verdade (muitas vezes até matavam) só porque pediam o fim da ditadura. As pessoas não podiam escrever o que quisessem, até os discos tinham que passar pelos censores antes de serem lançados. Os censores trabalhavam para o governo e decidiam se as ideias das pessoas podiam ser publicadas do jeito que elas queriam ou não. As pessoas também não podiam se manifestar livremente, ir para a rua para fazer marchas e pedidos.
– Uai, mas então esse povo não ia conseguir marchar! Então por que esse povo quer a volta da ditadura hoje, mamãe?
– Por que são loucos! Ou não estudaram história. Se hoje vivêssemos numa ditadura militar, eles jamais poderiam estar aí, fazendo essas passeatas ridículas. Como vivemos em plena democracia, até esses maus perdedores têm liberdade pra sair por aí, pedindo coisas idiotas. Mal sabem eles que, na época da ditadura, além de poderem ser presos e torturados por saírem às ruas desse jeito, eles ainda iam viver numa economia com muito mais problemas que a de hoje, que depois deixou o Brasil quase falido. A educação e a saúde eram ruins e o país já era corrupto. Milhares de inocentes foram mortos.
– Mas por que eles não aceitam que a presidente foi eleita?
– Porque são maus perdedores. Ela foi eleita por poucos votos de diferença, mas foi a maioria do povo que escolheu, ponto. Eles dizem que o governo dela é corrupto e que é uma ditadura, que estamos virando Cuba e que os “valores da família” não estão sendo respeitados, porque ela apoia que quem machuque gays só por serem gays seja preso…
– Uai, mamãe, era a mesma coisa que falavam nas marchas que você citou antes?!
– Isso, a mesma coisa que falavam há 50 anos, contra o presidente Jango. E, depois, deu no que deu…
– Então xeu ver se entendi: esse povo aí reclama que a presidente, que deixa até eles pedirem a saída dela, é uma ditadora. Pra combater a ditadora, eles pedem ajuda do Exército, pra tirar ela à força e colocar um cara que nem foi eleito no lugar dela. E defendem a ditadura, que, se existir de verdade, nem vai deixar que eles saiam por aí fazendo marchas e vai sair machucando e matando as pessoas só por pensarem diferente?!
(É, filhinha, você só tem 6 anos, mas é mais esperta que todos eles juntos!)
Ps.: Já se passaram três dias desde o protesto que reuniu 2.500 pessoas em São Paulo, das quais uma parte pedia intervenção militar para retirada da presidente da República reeleita democraticamente. Dois dos principais líderes do PSDB, Geraldo Alckmin e Aécio Neves repudiaram os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma. O músico Lobão, por sua vez, tentou amenizar o tom dos protestos afirmando que “qualquer ditadura é injustificável”.